Ritual of Raven para Nintendo Switch é um daqueles jogos que transmite algo mágico desde o primeiro minuto. De fato, foi isso que me chamou atenção no game. A estética colorida e desenhada em pixels.
É um game que, mesmo não sendo perfeito, se destaca por personalidade. Tivemos a oportunidade de jogar, e contamos para você um pouco sobre o game.

Não apenas uma fazendinha
A primeira vista, parece que este é mais um jogo de fazendinha, em que plantamos vegetais, colhemos e vendemos. Mas quando conferimos de perto, é muito mais do que isso.
As mecânicas são muito amigáveis e fazem todo o sentido com a temática do game. O lance é enfeitiçar sua horta. Uma magia para plantar, outra para colher. E tudo usado em forma de cartas.
O game começa com o jogador na pele de uma pessoa comum, vivendo em um mundo igualmente comum, até ser sugado por um portal misterioso para Leynia, uma terra habitada por bruxas, criaturas peculiares e magia de verdade.
Logo na chegada, você é recebido por Sage, uma bruxa que explica que portais estão surgindo por toda parte, mas aqueles que têm poder para resolver o problema não estão tomando nenhuma atitude.
Decidida a agir, Sage o toma como aprendiz e começa a ensinar os fundamentos da magia. No entanto, durante o treinamento, um portal se abre de repente e ela acredita que está ligado ao desaparecimento de seu familiar.
Sage atravessa o portal, deixando para você a tarefa de aprimorar suas habilidades e investigar o mistério dos portais.
Logo você ganha a companhia de seu próprio familiar, um corvo chamado Raven, que passa a servir como guia.
A narrativa é bem leve e tem foco na conexão dos seres vivos e a natureza. Sempre com uma voz mais otimista, personagens simpáticos, acolhedores e gratos por tudo. Dá até pra dizer que a ambientação lembra um pouco as obras de Hayao Miyazaki e o Studio Ghibli.

Gameplay diferente e interessante
Usamos alguns objetos mágicos chamados de Arcana Constructs, ao invés das mãos mortais, para trabalhar neste game.
Esses são objetos mágicos com vida própria que aram a terra, regam as plantas e colhem os resultados. Essas criaturas, porém, não agem por conta própria, e é preciso controlá-las usando cartas místicas de Tarô.
O jogador deve organizar os movimentos e ações de forma lógica para alcançar o resultado desejado e o mais eficiente. Mais tarde no jogo, os Constructs podem até agir em áreas específicas, realizar tarefas de acordo com o estágio de crescimento das plantas, que podem render subprodutos diferentes em cada fase, entre outras funções.
A mágica se estende também para o cultivo, com plantas que só crescem em fases específicas da lua ou que podem ser alteradas com rituais.
À medida que avançamos no jogo, conhecemos mais dos lindos cenários, personagens, plantações, portais e elementos mágicos que tomam toda a ambientação do game.

Porém, nem tudo são flores. O jogo sofre de alguns problemas técnicos e de otimização. Chegamos a enfrentar algumas quedas de taxa de quadros durante o gameplay em diversas ocasiões.
Mas isso não compromete a experiência de fato. Ritual of Raven é um jogo relaxante, bonito e que tem um grande potencial de entreter quem curte cozy games. A estética é cativante e o gameplay, apesar de ter bastante quebra-cabeças, é bem descontraído e também interessante. Uma ideia bem única e com personalidade.
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Nota final: 4/5
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