A chegada de Sand Land na Star+ não podia ter sido em hora mais triste: logo após o falecimento de Akira Toriyama – autor da obra e responsável por outro grande nome das animações japonesas, Dragon Ball.

No entanto, ela ainda carrega seu grande legado e não traz apenas uma história divertida e sem complicações, como também cenas muito bem-feitas e personagens extremamente cativantes em sua narrativa.

Diversão é sinônimo de Sand Land

Ainda que cada personagem de Sand Land tenha um contexto e um passado não tão amigável, me impressionou como a obra passou uma leveza durante a busca de Beelzebub, Thief e o xerife Rao por água. O intuito é simples, encontrar a fonte dela e trazer o máximo possível para a comunidade de humanos e demônios.

Em seu caminho, obviamente que há pessoas poderosas que tentam evitar que isso aconteça – já que é a sua maior fonte de riquezas e a forma que encontraram de manter o povo sob seu domínio. No entanto, os três decidem fazer algo a respeito e isto os coloca em uma grande aventura a partir disso.

O que eu mais gostei em Sand Land é que a jornada não ultrapassa esta linha e nem se desvia demais da missão principal. Cada episódio importa para o “grand finale” e representa muito bem o crescimento de cada um deles no meio desta jornada.

A animação também não desaponta, mas caso você esteja esperando algumas lutas semelhantes a Dragon Ball ou DBZ, vai acabar se desapontando. O único que enfrenta oponentes fisicamente é Beelzebub e as cenas não se estendem tanto assim para empolgar os espectadores.

Vale notar que isso não significa que a obra seja ruim, muito longe disso. Porém, deixamos este lembrete para você não chegar desavisado em Sand Land. Grandes partes dos embates e momentos de ação a estratégia fala mais forte e eu gostei muito desta abordagem do mestre mangaká para a sua história.

Dois arcos

Além disso, é importante que tenha em mente que existem dois arcos disponíveis: o que dá nome à obra e Forest Land – que não existe no mangá e teve as mãos de Akira Toriyama para trazê-lo tanto no anime quanto no jogo da Bandai Namco.

Ainda que Forest Land seja interessante, traga uma boa escalada dos eventos vistos na primeira e até momentos de ação que chamam a atenção, o arco parece seguir como apenas um “conteúdo adicional” daquilo que foi visto nos primeiros episódios – acrescentando ao universo de Sand Land, mas não apresentando a mesma qualidade de enredo.

Não me entendam errado, caros leitores, eu me diverti também neste segundo arco e curti alguns dos personagens apresentados – como a Ann. Porém, colocá-los em uma missão diferente de buscar água, indo do ponto X ao Y, deu outro tom e acaba destoando um pouco daquilo que foi proposto inicialmente.

Vale a pena assistir Sand Land, mas pode ter certeza que você se divertirá e vibrará mais nos primeiros seis episódios da temporada – criados e finalizados por Akira Toriyama – do que nos sete restantes, que também foram ideia da sua mente, mas desenvolvidos por outros profissionais.

Como afirmei acima, não são “ruins”, mas é importante notar que a “melhor parte” ainda está em seu início. Curiosamente, muitos animes ficam bons apenas depois de algum ponto determinado e este já se apresenta excelente logo de cara – revertendo um pouco este processo tão conhecido por muitos otakus.

Sand Land tem todos os episódios disponíveis na Star+. Veja mais em Críticas de Séries!

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