O ator Sean Penn, vencedor de dois prêmios Oscar, foi homenageado por sua trajetória no Festival de Cinema de Marrakech e aproveitou a ocasião para fazer um discurso contundente sobre os riscos da “correção política” no cenário artístico global.
Conhecido por sua franqueza, Penn dirigiu críticas aos “liberais”, que ele acusa de limitar a liberdade de expressão e de pensamento. Para reforçar sua visão, ele mencionou um debate de 2018 entre o ator britânico Stephen Fry e o psicólogo Jordan Peterson, destacando:
“Stephen, apesar de ser muito progressista, criticou o liberalismo pelo que ele se tornou nos Estados Unidos […] Há uma busca global por diversidade, mas essa diversidade não se aplica a comportamento, opiniões ou linguagem. Eu encorajo todos a seguirem o que sentem no coração e serem tão politicamente incorretos quanto desejarem, enquanto abraçam a diversidade e continuam contando suas histórias.”
Nos últimos anos, Penn tem sido bem sincero sobre o que considera uma abordagem “cautelosa e sem criatividade” da imaginação humana. Ele argumenta que o atual clima cultural tornou a atuação “desgastante” e acredita que produções como Milk (2008), que lhe rendeu um Oscar, não seriam viáveis hoje.
“Foi a última vez que realmente aproveitei um set de filmagem”, disse Penn ao The New York Times. “Atualmente, estamos vivendo uma era de excesso e restrições que sufocam a imaginação artística.”
Anteriormente, em uma entrevista ao podcast Doc Talk, Penn classificou o movimento liberal como um “espetáculo de idiotas politicamente corretos” e criticou seu senso de compaixão, que, em sua visão, é equivocado.
Embora menos ativo nos últimos anos, Sean Penn continua atuando. Ele estrelou recentemente o filme independente Daddio e está escalado para o próximo longa-metragem de Paul Thomas Anderson, The Battle of Baktan Cross.
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