À medida que avançamos rumo a um futuro potencialmente dominado por robôs humanoides incansáveis ocupando linhas de produção, uma das principais limitações tecnológicas começa a ser superada: a curta duração das baterias. A empresa chinesa UBTECH apresentou recentemente uma demonstração marcante de seu robô bípede Walker S2 trocando sua própria bateria, algo que parece ser inédito no mundo. Isso significa que o autômato de 43 quilos pode, tecnicamente, operar 24 horas por dia, o que o torna ideal para as chamadas “fábricas escuras”, que funcionam de forma totalmente automatizada e sem necessidade de iluminação.
No vídeo divulgado, o robô caminha até uma estação com baterias intercambiáveis. Em seguida, movimenta seus braços de maneira pouco natural para alcançar as costas e substituir um dos dois pacotes de energia antes de continuar sua atividade normalmente. A cena é impressionante, mas também levanta questões delicadas sobre o papel dos humanos num futuro onde as máquinas podem se tornar autossuficientes. Afinal, se esses robôs já conseguem preparar refeições completas e organizar pacotes com precisão, e agora nem dependem mais de pessoas para recarregar suas energias, quais outras tarefas ainda restarão para os trabalhadores?
As baterias do Walker S2 levam cerca de 90 minutos para serem recarregadas completamente, e o robô é capaz de andar por duas horas ou permanecer em pé por até quatro horas. Ele faz parte de uma nova geração de androides humanoides que vem ganhando espaço, especialmente na China, onde empresas como a Unitree estão desenvolvendo modelos cada vez mais acessíveis.
Esse avanço não é algo distante no tempo. Diversas companhias já estão integrando robôs humanoides aos seus centros de distribuição e fábricas, acelerando a transição para um cenário em que o trabalho humano convencional pode deixar de ser necessário. E agora, com máquinas que já conseguem até trocar suas próprias baterias, o fim de certas funções manuais nas indústrias pode estar mais próximo do que se imaginava.
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