Após o flashback do episódio 3, The Acolyte volta ao presente e traz Asha e os Jedi se preparando para uma missão que botará todos eles no caminho de Mae – que, por seu lugar, caça Kelnacca no inóspito planeta Brendok. O plano é simples: capturá-la e descobrir a identidade de seu mestre.

Para ser honesto, o capítulo desta semana poderia ter sido tão melhor do que aquilo que apresentaram na Disney+ que me desanimou um pouco. O problema em si, para mim, nem é a sucessão de eventos, mas a falta de elementos que poderiam compor melhor uma história baseada em Star Wars.

Falta explicações em The Acolyte

Após vermos o passado de Asha e Mae em The Acolyte, vemos a irmã “do bem” basicamente desistindo de encontrar sua gêmea e acreditando que os Jedi podem fazer isso muito bem sem sua presença. Certo que a moça é uma “vilã”, mas esta postura quebra um pouco a figura de “heroína” – que supostamente estaria carregando em prol de um pseudo-drama de uma cena com o Mestre Sol.

Achei um pouco esquisito, mas sigamos em frente. Depois comecei a perceber que enfiar um flashback bem no terceiro episódio quebrou totalmente o ritmo da trama. Os personagens voltaram, mas eu não estava conectado a qualquer um deles. Nem daria, já que tivemos só dois capítulos antes de chegar já na metade da produção.

Em “O Livro de Boba Fett” isso já era um problema, conhecendo o personagem. E em The Acolyte que nenhum deles “fazia parte” do lore? A partir disso, vemos todos eles seguindo em missão em Brendok – uma floresta considerada extremamente perigosa e que contava ainda com uma assassina de Jedis no meio dela.

Para mim, tinha tudo para dar certo a partir dali. Porém, vi o contrário ocorrer. A perseguição é completamente arrastada, os diálogos e cenas entre Mae e Qimir não fazem tanto sentido assim dentro do que apresentaram (pode ser um foreshadowing, mas não está bem executado) e colocar um grupo inteiro de Jedis perdendo o rastreador de vista não me pareceu nada convincente.

Por fim, botar todo o grupo para enfrentar diretamente o “grande vilão” de The Acolyte justamente na metade da temporada me soou como uma proposta apressada e que não me trouxe o ápice necessário para aquilo. A promessa era de confrontar diretamente Mae, que basicamente desistiu de se tornar a vilã, porém a mudança foi muito brusca e sem o menor preparativo possível.

Precisava de um tempero

Não tenho muito a acrescentar daquilo que disse acima, considerando que o episódio começa de uma forma, encerra de outra e você se questiona se “faltou algo” naquele meio ou se era você que não sentiu o menor pingo de proximidade com as questões apresentadas. Parece corrido e “desesperado”, como se o roteiro quisesse se provar para alguém.

Agora uma questão PESSOAL, que não necessariamente precisa ser inclusa no conjunto de reclamações deste episódio de The Acolyte. É um baita desperdício trazer um Jedi Wookie, Kelnacca, e não mostrar uma cena sequer dele com um sabre de luz na mão e lutando contra alguma coisa. Me deixou triste ver que deixaram esta oportunidade passar.

E falando em oportunidades perdidas, aquela cena onde mostram os insetos agarrados nas árvores foi outro desperdício em minha concepção. Não teria me importado de 2 ou 5 minutos a mais mostrando todos eles despertos e vendo cada Jedi lidar com o enxame vindo de sua própria forma.

Sendo honesto, eu realmente gostei dos primeiros capítulos do seriado e achei que a trama prometia bastante. Este quarto episódio que não me deixou tão confortável, trabalhando na base da pressa – já que tivemos um flashback tomando um deles por inteiro – e com decisões que poderiam ter sido melhor executadas. Espero estar enganado e que tenha algo muito bom sendo preparado por trás disto.

The Acolyte será exibido semanalmente todas as terças-feiras a partir das 22h na Disney+. Veja mais em Críticas de Séries!

The Acolyte será exibido semanalmente todas as terças-feiras a partir das 22h na Disney+. Veja mais em Críticas de Séries!

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