Chegamos na etapa final de The Acolyte, com todos os acontecimentos levando seus personagens para os dois últimos episódios desta primeira temporada. Após o mortal duelo em Brendok, Mestre Sol e o tenebroso Sith seguem para caminhos diferentes ao lado das gêmeas – tentando revelar um pouco mais daquilo que ficou sendo mantido em segredo.

Apesar de estarem prestes a falar sobre o tal mistério que está por trás da narrativa, tivemos mais um capítulo onde o “pouco” que acontece poderia ter sido transmitido em 1/3 da trama e todo o restante serviu apenas como uma prolongada ponte em direção ao “grand finale”.

Enrolação em The Acolyte

Primeiro de tudo, gostaria de me retratar e dizer que fui injusto com Bazil em The Acolyte. Eu acreditei que o rastreador seria um elemento 100% inútil na trama e me surpreendi pela utilização dele durante o sexto episódio. Além de resgatar o dróide, ele também identificou Mae (como era sua missão) e levou a informação em segurança para Sol – o que considero um grande feito, principalmente contra uma mulher que já matou dois Jedi durante a exibição da série.

E foi ele quem acabou com a longa enrolação da personagem escondendo a sua identidade sob a camada de Asha. Vamos ser honestos, mesmo atordoado como estava, Sol não ter percebido “a tempo” que aquela não era sua antiga Padawan não teve qualquer sentido. Levar um episódio completo para isso foi sinônimo de enrolação, por mais que tenha entretido dentro de seu próprio núcleo.

Apesar desta linha ter se arrastado em The Acolyte, julgo que levar Asha e o “lorde Sith” para o desconhecido planeta e deixá-los interagirem se mostrou bem interessante. Inclusive, todo o caminho que leva até a cena final eu acredito que foi muito bem construído e mereceu o tempo investido. Claro que poderiam ter cortado algo aqui e ali, mas a conclusão acaba sendo satisfatória.

Outra personagem que brilha ali é Vernestra, que rapidamente agiu e sem perder qualquer minuto já reparou nas entrelinhas que estão sendo contadas ali. Se tem alguém que já notou o que está acontecendo é ela e acredito que veremos a revelação através de seu ponto de vista. Prestem atenção nisso, será importante.

O mistério sem fim

O único ponto que tem me incomodado em The Acolyte é esta sensação de que todos estão escondendo algo. Asha e Mae não se abriram por completo, assim como Mestre Sol certamente está mantendo algo em segredo e os demais personagens também. Já se passaram seis episódios de oito e só tivemos UMA resposta: quem é o tal Sith que mantinha sua identidade em segredo. De resto, só nos dois últimos capítulos – pelo visto.

Já está mais do que explícito que algo “a mais” ocorreu no planeta-natal de Asha e Mae – e Sol sabe o que é, ou é o responsável por alguma coisa. Também está bem expresso que o Sith e Sol têm uma conexão que ninguém informa qual é. São parentes? Ele era seu antigo Padawan? Ou seu atual? – vale lembrar que Dookan serviu à Ordem Jedi mesmo se convertendo ao Lado Sombrio. Enfim, não foi explicado ainda o que acontece.

Além disso, gostaria de expressar minha tristeza em ter visto grande parte do elenco de The Acolyte partir e tirar um pouco do tempero da série. Dafne Keen como Jecki e Charlie Barnett como Yord enriqueceram demais a trama até onde sua participação os levou e gostaria de ter visto mais de ambos. Uma pena termos de lidar agora com um núcleo tão reduzido nestes dois episódios finais.

Acredito que a Lucasfilm e a Disney vão querer estender esta história para uma segunda temporada, por mais que isso dependerá mais da audiência e retorno do que da boa vontade deles. Não vejo como eles poderão concluir toda a trama e sem deixar pontas soltas para uma nova história ser contada futuramente – o que também acaba sendo chato, já que o esperado era que fosse um arco fechado.

The Acolyte será exibido semanalmente todas as terças-feiras a partir das 22h na Disney+. Veja mais em Críticas de Séries!

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