Se você persegue filmes diferentes, originais, fora da linha clichê e o formato engessado das produções hollywoodianas, Bad Batch é uma empreitada interessante.
Conta a história de uma jovem mulher a qual sai da prisão e encara um Texas pós-apocalíptico recheado de violência.
Depois de ser capturada por um grupo de canibais e com muito esforço sobreviver e conseguir fugir, ela busca vingança. As coisas, porém, não ocorrem da forma esperada.
Funciona mais ou menos como uma mistura de Fallout e Mad Max, onde o mundo devastado proporciona quase nenhuma condição de vida para seus habitantes.
Enquanto os sem-teto se tornaram canibais, a cidade chamada de “Conforto” abriga casas e um resto do que lembra uma cidade: saneamento básico.
Não se trata de um filme de ação. É mais um romance de mundo devastado. Meio torto. Cheio de violência e desgraça.
Quem protagoniza a história de amor bizarra é a moça (Suki Waterhouse) e um dos sem-teto, interpretado por Jason Momoa (Khal Drogo). Aqui, o troglodita sex symbol é retratado como um pintor canibal que veste apenas sapatos de couro e uma calça social branca.
Há personagens interessantes que cruzam o caminho da garota, como um mendigo (Jim Carrey) que caminha pelo deserto com um carrinho, mas desempenha ações cruciais na narrativa; e o mensageiro do “Sonho”, uma espécie de pastor pós-apocalíptico que vende esperança às pessoas e constrói seu império ao lado de várias mulheres grávidas. Este, interpretado por Keanu Reeves.
Os diálogos não são o forte do filme. São até escassos. O foco e a parte boa permanecem na ambientação, visual, selvageria e na trilha sonora, que é excelente.
Não dá para esperar se surpreender ou acreditar que este é um daqueles filmes icônicos e impressionantes. Mas para quem curte a temática de mundo devastado e horror, ou até romance, vai encontrar aqui uma história de “amor” bem distinta.
The Bad Batch
Duração: 118 minutos
Elenco: Suki Waterhouse, Jason Momoa, Jayda Fink | Veja elenco completo
Lançamento: 23 de junho de 2017