A HBO adiantou o episódio 5 de The Last of Us por causa da apresentação do Super Bowl LVII neste domingo, apresentando ele na sexta-feira às 23h. Depois de vermos como Joel e Ellie chegaram dentro do prédio, somos apresentados às figuras de Henry e Sam. Não tivemos um episódio completo de sua jornada no passado, como foi com Bill e Frank, mas ainda continua contando uma trama intacta e que se encaixa perfeitamente em toda a jornada que vimos até agora.
Logo de cara descobrimos a razão de todo o conflito entre a FEDRA e a população, o motivo pelo qual Henry é caçado e suas motivações para acabar ajudando a instituição militar. Sam, seu pequeno irmão, também é um personagem gigantesco e ouso afirmar que grande parte do episódio só vai para frente graças ao charme que ele carrega.
Porém, caso já tenham notado, o maior brilho do capítulo segue nos detalhes. Nas palavras que não são ditas, nos olhares e em tudo que é inserido nas entrelinhas da trama. Eu ouso dizer que é neste fator que toda a qualidade do seriado está inserido e que fez ele se tornar um hit instantâneo. Pedro Pascal e Bella Ramsay tem uma química pai/filha que é invejável e gera todo o ritmo para continuarmos na frente das telinhas.
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Heroísmo e vilania se misturam em The Last of Us
Este episódio de The Last of Us é focado na fuga de Joel, Ellie, Henry e Sam de dentro da cidade comandada por Kathleen e sua milícia. Após um breve prólogo, que mostra alguns detalhes que são importantes para mover a trama e nos aproximar dos personagens novos, o plano começa a ser executado e traz momentos que eu classificaria como impactantes.
Por mais que tenhamos a figura de Joel como um “herói” e Kathleen como “vilã”, nem mesmo o roteiro deixa ela na mão e explica as razões dela agir com mão firme e porque ela deseja tanto a cabeça de Henry na sua mesa. E eu deixo aqui meus cumprimentos para a atuação de Melanie Lynskey, que passeia tranquilamente entre os papeis de tirana e a delicadeza de uma pessoa que foi ferida no passado e deseja apenas um acerto de contas, sob sua visão.
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A própria história também não deixa a desejar, levando os personagens a contarem não apenas sua própria saga, mas de todo o universo que os cerca. Demonstrar os túneis, falarem sobre sua utilização e como a FEDRA agiu no passado em relação a eles é não só uma ferramenta para passar o tempo vago, mas sim uma verdadeira expansão sobre tudo que rolou ao redor deles durante os anos que vimos passar do início de Joel e sua filha até a chegada de Ellie.
Neil Druckmann e Craig Mazin sabem que acertaram em tudo e continuam investindo em um mergulho lento e prazeroso na trama que trouxe The Last of Us às telas da TV. Quem jogou, sabe o que vai ocorrer, mas continua ali e atento. Quem nunca nem passou perto de um videogame também. O elenco, enredo, toda a ambientação, construção de efeitos gráficos e práticos, tudo tem um carinho incomum nessa indústria e merece ser consagrado como tal. Pode anotar, em 2024 não será apenas um Grammy que eles vão levar para casa.
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Ainda virão grandes coisas no futuro
Até mesmo as “grandes” surpresas que o capítulo carrega são verdadeiramente empolgantes, trazendo cenas que deixam o espectador apreensivo. Vamos ser sinceros, eu conheço a trama tanto do primeiro quanto do segundo game. Sem spoilers aqui, mas há momentos onde eu observo e penso “meu, não tem escapatório. Joel e Ellie estão em apuros real ali”. A saída nem é tão elaborada, mas eles conseguem fazer você crer que existia tal possibilidade. Ninguém está inventando moda e isso é importante para contar essa história.
E retomando o que eu disse no início do texto, a questão dos detalhes é outro fator que ajuda ainda mais todos os demais aspectos. O fator de Joel realmente se mostrar incomodado toda vez que citam a sua paternidade, os olhares de Ellie assustada com diversas situações distintas e até mesmo o pequeno Sam com todo o charme de uma criança que, apesar dos problemas, não deixou de ser uma. Até Kathleen se mostra uma mistura de doçura e ódio difícil de vermos em outros vilões hoje em dia.
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Se existe uma fórmula para se criar uma série de sucesso, a HBO com toda a certeza a carrega consigo. Podemos não gostar do fim de Game of Thrones, mas ela carregou um destaque gigantesco por sua qualidade por muitos anos. Westworld e Chernobyl foram outros grandiosos materiais deles, que abalou as estruturas do storytelling por um tempo. A Casa do Dragão, apesar de ser um spin-off, segue os mesmos passos de sua antecessora. The Last of Us só marca ainda mais a emissora como a casa de tramas que são bem contadas. Nem todas são, mas a curva está mais a favor do que contra.
Agora o próximo episódio será exibido apenas no domingo da próxima semana, no dia 19 de fevereiro de 2023. Até lá, recomendo que se recupere dos impactos emocionais e psicológicos que este lhe trará porque vem mais bomba por aí. Joel continua em busca do irmão, o passado de Ellie ainda não foi explorado a fundo e se o fim disso for semelhante ao que vimos nos videogames, ainda teremos muitas surpresas vindo por aí.
The Last of Us é exibido pela HBO Max todos os domingos a partir das 23h. Veja mais em Críticas de Séries!
foi otimo o ep! Um exagero aqui e ali, mas daria 9.5 facil