Decididos a mudar os rumos de Mandalore, Din Djarinn e Bo-Katan retomam o ritmo de The Mandalorian com uma ação conjunta dentro de um planeta cercado de celebridades. No sexto episódio vemos um planeta desconhecido, comandado nada mais, nada menos do que pelo próprio Jack Black e por Lizzo. Em Plazir-15, no entanto, estes não são os únicos rostos conhecidos pelo público externo.
Depois de sabermos que Christopher Lloyd estava no elenco do seriado durante a sua terceira temporada, não se sabia em qual episódio o ator estaria e qual seria o seu papel. Assim como Jack Black, ele faz parte dos membros do Império que foram reintegrados à Nova República, controlando os droids que um dia deram tanto trabalho aos Jedi e também se tornaram ícones da trilogia prequel.
E apesar deste capítulo ser claramente um lobby para pontas que incluem um elenco mais vasto para a franquia Star Wars, vale notar que ainda assim o desenrolar das discussões e ações foi interessante e trouxe uma nova perspectiva para o futuro deles. Eu mesmo achei que seria o mais puro suco de enrolação e acabou se tornando algo bacana no fim das contas.
O laço da trilogia prequel em The Mandalorian
Chegando em Plazir-15, os dois heróis de The Mandalorian se deparam com uma situação inusitada. Seu objetivo era falar com o grupo de mercenários que estava instalado no planeta, porém são puxados pela Duquesa e pelo Capitão Bombardier para tratarem de um assunto mais delicado. Droids de guerra ali são usados no cotidiano dos populares e começaram a sair do controle, sem uma explicação plausível.
O trabalho da dupla é investigar e descobrir o que acontece com os robôs que uma vez serviram ao Império e às forças separatistas. Vamos ser honestos aqui, o enredo é bem simples e muitas vezes se torna conveniente demais. Um exemplo disso é de, centenas de droids, Din Djarinn dar uma bicuda justamente naquele que se mostraria ser o “rebelde” e mais perigoso.
Não que eu esperasse que fosse uma mega análise, separada em alguns episódios, enrolando ainda mais uma temporada pequena. No entanto, não me soou um desafio de forma alguma para nenhum dos personagens. Chegaram em Plazir-15, negociaram, resolveram e foram seguir com o plano sem a menor cerimônia possível. Se tudo aquilo inexistisse, não faria diferença alguma. Tem sua parcela de diversão e propósito, eu concordo…mas poderia ter sido uma cena de 3 minutos ao invés de 30.
No entanto, vemos finalmente um destino para a trama do Sabre Negro. Essa era a minha maior reclamação nos últimos tempos, revelando até parte da minha frustração em seu plot ter sido deixado de lado dentro da terceira temporada. Ele parecia importante demais para isso, vamos ser sinceros. Definiu o fim do segundo arco, serviu como ponta dentro de O Livro de Boba Fett…para ser esquecido? No entanto The Mandalorian finalmente mostrou o que será feito com isso e é importante para o público acompanhar.
Reta final com gostinho de arrastado
É complicado falar sobre um capítulo que se encheu de firulas apenas para encaixar estrelas de Hollywood dentro do universo Star Wars. Divertido sim, mas se foi necessário é uma história completamente diferente. Enquanto os primeiros episódios carregavam uma evolução clara na trama e qual seria o papel deles dentro desta vasta galáxia, os últimos serviram como os antigos – fillers semanais que envolvem uma parte pequena do roteiro central para manter a progressão.
Você pode falar que isso auxiliará no futuro e poderá retornar como um plot diferenciado. Por exemplo, essa abordagem excessiva e até forçada dos Imperiais que estão sendo reabilitados está direcionando todos para algum canto. Ainda assim, há diversas formas de se chegar até o resultado que desejam. Estão jogando no “seguro”, fazendo como nos demais anos, quando tinham uma joia mais interessante em mãos e não investiram nisso por razões desconhecidas.
É aqui que volto a abrir a reclamação de The Mandalorian estar sendo usado apenas como ponte de toda a franquia. Nós sabemos já o fim disso, que o Império retorna pelas mãos do Supremo Líder Snoke e Kylo Ren. Isso pode ter envolvimento de Moff Gideon, Elia Kane ou até mesmo dos personagens que vimos neste episódio. No entanto, apesar desta ameaça se fazer presente, não é sobre ela que se trata o seriado. Não precisa levar três temporadas rodeando na mesma pauta, principalmente quando há pontos tão importantes por trás.
Considerando que toda a temporada contará com oito episódios e estamos no sexto, só restam dois para nos mostrar para onde isso tudo será levado. São coisas que tenho certeza de que poderiam ter sido já resolvidas, mas parece que algumas partes do roteiro serão arrastadas para uma quarta temporada. Enquanto toda essa subtrama poderia ter sido um episódio especial de “Rangers of the New Republic” com a presença de Pedro Pascal (como foi em O Livro de Boba Fett). De qualquer modo, só resta aguardar para ver se encerrarão o arco de forma limpa ou se jogarão mais coisas para o próximo resolver.
The Mandalorian é exibido todas as quartas-feiras a partir das 5h na Disney+. Veja mais em Críticas de Séries!