A modalidade Ultimate Team dos jogos de esporte da Electronic Arts – que engloba FIFA, Madden e NFL – gerou nada menos do que US$ 1,62 bilhão de dólares no último ano para a companhia. Isso representa um montante de 29% de toda a receita que a empresa gerou no período.
Os dados foram compartilhados por meio do último relatório do ano fiscal que fechou em março de 2021.
Grande parte dos investimentos da EA inclusive tem sido aplicados na modalidade, pois é o serviço mais “vivo” da empresa na questão de gerar dinheiro.
Conforme observado pelo analista da Niko Partners, Daniel Ahmad, a receita do Ultimate Team da EA tem crescido constantemente a cada ano fiscal desde 2015, quando totalizou “apenas” US$ 587 milhões.
Para quem não está a par, o Ultimate Team envolve a venda de pacotes de sorte, onde recompensa quem joga os games com jogadores de futebol (ou futebol americano ou hockey) para que eles possam montar seus times. O problema é que existe uma porcentagem baixíssima de cartas valiosas nesses pacotes. E para conseguir algo bom, é preciso gastar muito dinheiro. Basicamente, é um jogo de azar embutido no game.
Sem as caixas de saque, o Ultimate Team perderia sua forma principal de ganhar dinheiro, a menos que a EA descubra uma maneira de fazer a transição desse sistema.
A EA está ciente de que o interesse dos governos em regulamentar ou banir completamente as caixas de saque pode prejudicar este negócio, observando que, embora atualmente não o faça, poderia fazê-lo no futuro. Mesmo porque o governo da Bélgica já proibiu esse tipo de transação em games da empresa.
De qualquer forma, é triste ver que esse tipo de trâmite faz tanto sucesso e tantos jogadores “sucumbem” a tentação em detonar os seus bolsos para trocar por cartas virtuais que duram menos de um ano – período em que as novas versões desses games são lançados. E aí, todo o esforço e dinheiro aplicado no seu time simplesmente é jogado no lixo, e você começa tudo novamente.
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