Diretores com mais de 80 anos são aqueles que primam por sua arte, pois exalam experiência e muito conhecimento sobre cinema.
Algumas das melhores obras do cinema foram criadas por diretores que desafiaram a idade e provaram que talento e criatividade não têm prazo de validade. Em seus 80 anos (ou mais!), esses cineastas entregaram histórias memoráveis, repletas de profundidade, originalidade e o tipo de sabedoria que só décadas de experiência podem proporcionar.
De dramas históricos a animações encantadoras, passando por thrillers emocionantes e meditações poéticas, reunimos uma lista com 15 filmes que mostram como esses mestres do cinema continuam a moldar a sétima arte mesmo em sua fase mais madura.
Os melhores filmes de Diretores com mais de 80 anos
Assassino da Lua das Flores (Killers of the Flower Moon – Martin Scorsese, 81)
Baseado no livro de David Grann, o filme aborda os assassinatos na Nação Osage durante os anos 1920, explorando ganância, exploração e o nascimento do FBI. Um drama histórico intenso dirigido por Martin Scorsese.
Os Vivos e os Mortos (The Dead – John Huston, 81)
Adaptação do conto de James Joyce, este filme retrata um jantar de Natal em Dublin que se transforma em uma meditação sobre amor, perda e mortalidade. Um trabalho sensível e melancólico, considerado uma obra-prima final de Huston.
A Última Noite (Prairie Home Companion – Robert Altman, 81)
Uma comédia dramática ambientada nos bastidores de um programa de rádio fictício. O filme mistura música, humor e melancolia, oferecendo uma despedida poética de Altman ao cinema.
Benedetta (Paul Verhoeven, 82)
Paul Verhoeven explora a vida de Benedetta Carlini, uma freira italiana do século XVII que alegava ter visões religiosas enquanto se envolvia em um escândalo sexual. Um drama provocativo sobre fé, poder e desejo.
O Dinheiro (L’Argent – Robert Bresson, 82)
Baseado em um conto de Tolstói, o filme examina as consequências devastadoras da falsificação de dinheiro, explorando a corrupção moral e o impacto do capitalismo. Um retrato austero e impactante.
O Menino e a Garça (The Boy and the Heron – Hayao Miyazaki, 82)
Uma animação visualmente deslumbrante e metafórica de Hayao Miyazaki que combina fantasia com reflexões sobre vida, morte e crescimento. Marca um retorno triunfante do mestre japonês ao cinema.
Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto (Before the Devil Knows You’re Dead – Sidney Lumet, 83)
Um thriller tenso sobre um assalto familiar que dá errado, revelando traições e segredos. Uma obra-prima contemporânea que destaca a força narrativa de Lumet.
Cerrar los ojos (Close Your Eyes – Victor Erice, 83)
Uma meditação poética sobre memória, cinema e identidade, este filme segue a busca de um diretor para encontrar um ator desaparecido. Uma obra introspectiva e rica em camadas.
Madadayo (Akira Kurosawa, 83)
O último filme de Kurosawa é uma celebração da vida e da amizade, narrando os anos finais de um professor universitário aposentado. Cheio de ternura e humor, é uma despedida digna do mestre japonês.
Adeus à Linguagem (Goodbye to Language – Jean-Luc Godard, 84)
Uma obra experimental que mistura fragmentos de narrativa com imagens desconexas em 3D, explorando a linguagem, a comunicação e as relações humanas. Um trabalho desafiador e profundamente pessoal de Godard.
Sarabanda (Saraband – Ingmar Bergman, 85)
Uma continuação de Cenas de um Casamento, este drama revisita Marianne e Johan décadas depois, examinando relações familiares complicadas. Um retorno poderoso de Bergman ao cinema.
Ervas Daninhas (Wild Grass – Alain Resnais, 86)
Um romance excêntrico e surreal sobre encontros inesperados e desejos misteriosos, cheio de charme visual e toques de humor absurdo. Um trabalho singular de Resnais.
O Oficial e o Espião (An Officer and a Spy – Roman Polanski, 86)
Baseado no caso Dreyfus, o filme é um drama histórico que explora um dos maiores escândalos de injustiça da história francesa. Polanski entrega uma narrativa tensa e detalhada.
A Mula (The Mule, Clint Eastwood, 89)
The Mule é um drama sobre um homem idoso transportando drogas, e que passa por situações incríveis. Também atuado pelo diretor, Clint Eastwood.
Vou para Casa (I’m Going Home – Manoel de Oliveira, 93)
Um drama reflexivo sobre um ator idoso que lida com a perda e a mortalidade enquanto continua seu trabalho no teatro. Uma obra minimalista e profundamente humana.
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