A Tesla está no centro de uma polêmica em Londres, onde ativistas criaram uma campanha provocativa chamada “Swasticar” para criticar Elon Musk e sua suposta ligação com ideias de extrema-direita.
Um cartaz em um ponto de ônibus na Pollard Row parecia promover a marca de carros elétricos, mas, ao olhar mais de perto, revelou-se uma crítica afiada.
A imagem, criada pelo grupo ativista britânico Everyone Hates Elon (Todo Mundo Odeia Elon), mostrava Musk fazendo o que parece ser uma saudação nazista de dentro de um Tesla, acompanhada do slogan: “Vai de 0 a 1939 em 3 segundos”.
A referência ao ano de 1939, início da Segunda Guerra Mundial, é uma alusão direta às acusações de que Musk teria apoiado o partido de extrema-direita alemão AfD (Alternativa para a Alemanha).
A campanha, que viralizou rapidamente, faz parte de um esforço maior do grupo para questionar a influência política de Musk e a associação da marca Tesla com suas opiniões pessoais.
Além do cartaz, o Everyone Hates Elon espalhou adesivos com a frase “Não compre uma Swasticar” em carros da Tesla por toda Londres. Segundo os organizadores, o objetivo é alertar o público sobre o papel do bilionário em amplificar retóricas de extrema-direita.
A polêmica não se limita a Londres. Nos últimos meses, concessionárias da Tesla em Haia (Holanda) e Berlim foram alvo de vandalismo, com pichações de suásticas e slogans antifascistas.
Esses protestos refletem o desconforto de alguns proprietários de Tesla, que dizem se sentir constrangidos ao dirigir um carro tão associado às opiniões políticas de seu CEO. Alguns até consideram vender seus veículos para se distanciar da controvérsia.
Até agora, Musk não se manifestou publicamente sobre a campanha “Swasticar”. A Tesla, conhecida por evitar debates políticos, também permaneceu em silêncio.
Enquanto isso, o Everyone Hates Elon afirma ter arrecadado mais de £50 mil (cerca de R$ 320 mil) por meio de sua iniciativa The People vs Elon (O Povo vs Elon), com os fundos destinados a causas antirracistas e antifascistas.
A campanha, sem dúvida, acendeu um debate importante sobre a influência de figuras públicas como Musk e como as marcas que lideram podem ser impactadas por suas ações e opiniões.
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