A Guerra dos Mundos é um dos romances de ficção científica mais populares e aclamados do gênero. Escrito por H.G. Wells, em 1898, até hoje ele incendeia nossa imaginação.

Não à toa, diversas releituras foram feitas ao longo da história. Dentre quadrinhos, videogames e adaptações cinematográficas.

Com destaque para a adaptação realística de Orson Welles transmitida na rádio durante o Halloween de 1938.

Quando se trata de adaptações para o cinema, é de se exaltar o filme de 1953, um dos mais emblemáticos do gênero Horror Sci-Fi, cujas produções na década de 50 retratavam a tensão da Guerra Fria através de invasões alienígenas hostis.

E conquistaram um lugar especial na história do cinema.

A Guerra dos Mundos de Ray Harryhausen
Sketches de A Guerra dos Mundos, de Ray Harryhausen

Muito antes do CGI, em uma época de efeitos especiais limitados, era preciso muita criatividade na hora de fazer um longa que exigia tantos recursos visuais.

Hoje seus efeitos podem parecer risíveis para alguns, mas o filme consegue superar até o reboot de 2005 de Steven Spielberg quando se trata de imersão e efeitos icônicos.

Estas são algumas das adaptações mais populares, mas uma década antes, Ray Harryhausen criava sua própria versão assustadora.

O mestre da animação em Stop Motion do século XX foi fiel à versão de Wells e trouxe à vida um marciano viscoso, com tentáculos de polvo e enormes olhos esbugalhados.

“Na verdade, eu construí um marciano baseado na descrição de H.G. Wells. Ele descreveu a criatura que veio da nave espacial como uma espécie de criatura semelhante ao polvo.”, diz.

A Guerra dos Mundos de Ray Harryhausen

Há muito tempo Harryhausen sonhava em levar A Guerra dos Mundos ao cinema, e se você conferir seus trabalhos da década de 50, verá como A Sétima Viagem de Simbad (1958), verá que ele seria perfeito para isso.

“Não podíamos arrecadar dinheiro. As pessoas não estavam tão interessadas em ficção científica naquela época.”.

Pouco tempo depois, as invasões alienígenas destruidoras começaram a conquistar o público, ressaltando o terror do desconhecido e a ameaça nuclear.

Embora a adaptação de Harryhausen não tenha de fato acontecido, podemos conferir seus sketches e testes de Stop Motions que mostram sua astúcia em construir meticulosamente, quadro por quadro, tudo à mão.

Uma versão que, infelizmente, o cinema não teve a graça de conceber.

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