Parasita, de Bong Joon Ho, é o filme mais falado dos últimos tempos. Vencedor do Oscar 2020 de Melhor Filme, Filme Internacional, Roteiro e Direção, o longa com crítica social e carregado de consciência de classe do cineasta sul-coreano ainda fez história ao ser consagrado como o primeiro filme não falado em língua inglesa a vencer a principal estatueta do Oscar.

O longa tem uma cadência no ritmo que percorre gêneros distintos, da comédia e drama ao suspense e horror, em uma trama centrada em uma família pobre que se infiltra na casa de uma família rica e enfrenta diversos conflitos morais que a escalada social impõe.

Se você assistiu, já sabe que Parasita é um filme magnetizante do começo ao fim, com sacadas perspicazes do cineasta ao trabalhar a diferença social e narrativa original com tanto conteúdo reflexivo em uma cascata de acontecimentos que, quando acaba, a digestão de tudo o que viu te acompanha durante muito tempo.

Parasita conta a história de um crime “perfeito”, o hediondo e também aquele que vive sob as camadas de muitas sociedades pelo mundo. É por isso, que Bong Joon recorre a inspirações em Alfred Hitchcock para o teor de suspense da trama, como a perspectiva da escada que é uma alusão às camadas sociais e também do plano do pêssego para contaminar a governanta.

Transitar pelos diferentes humores ao longo do enredo requer uma edição habilidosa, e é isso que Evan Puschak comenta em vídeo que analisa como a montagem do filme funciona como um “organismo vivo”.

Assista ao vídeo abaixo e entenda como a edição de Parasita prenuncia eventos futuros e faz referências anteriores, e claro, porque o longa de Bong Joon Ho é merecedor de tanto prestígio.

Com legendas originais em inglês. Ative as legendas automáticas para português, se for preciso. 🙂

A perfeita edição de Parasita

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