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Ahsoka – Episódio 3 | Crítica: Guerra nas Estrelas

Chegando ao seu terceiro capítulo, Ahsoka finalmente equilibra ação e todo o universo de Star Wars ao trazer elementos clássicos da franquia – porém, ao seu próprio jeito. Nele vemos a protagonista treinando Sabine Wren no “Caminho Jedi”, revelando toda a sua evolução ao longo dos anos. Se você comparasse ela ao Obi-Wan Kenobi de “Ataque dos Clones” e “Vingança dos Sith”, não estaria tão equivocado assim.

Ainda que a personagem principal ainda pareça ser a sua aprendiz, Dave Filoni e a diretora Steph Green conseguiram centrar a ação e narrativa em torno da personagem – o que trouxe diversos momentos interessantes e dignos de discussão dentro da franquia. Com direito a uma cena com sabres de luz duplos em meio ao espaço, temos aqui alguns conceitos interessantíssimos que mostram como a saga ainda respira (mesmo que em determinados momentos).

Adicionando uma dose de contexto geral no que já vimos, também é importante frisar que temos um palco completo que está formado para o retorno de Thrawn. Ainda que estejam buscando Ezra Bridger, tudo está levando ao caminho da ascensão do vilão e nem mesmo a protagonista quanto a Nova República estão prontas para encarar essa ameaça de frente. Sorte que ainda faltam cinco episódios.

Nem Ahsoka quanto a Nova República esperam pelo retorno do Império

A mente de Ahsoka

Voltando o foco para a própria Ahsoka, vemos diversas facetas da personagem durante o terceiro episódio do seriado. O seu lado mestre, você curtindo ou não, se mostra extremamente “badass”. Em um dos momentos, feitos para “assustar” Sabine durante o treinamento, não estranhe se você acabar tão surpreso quanto ela pelos feitos que mostram em tela.

No entanto, devo ser honesto que a melhor cena do capítulo leva a um combate entre naves e a protagonista da trama encarando elas de frente no meio do espaço. Não com a sua própria embarcação, mas sim com um traje próprio, munida de seus dois sabres brancos na gravidade zero das estrelas. Se isso não é “Star Wars”, revogo minha carteirinha de fã de imediato.

A protagonista quebra um grande tabu e enfrenta naves com seu sabre de luz

Falando nisso, também pudemos ver uma verdadeira batalha em meio de naves, estrelas, planetas e cheia de reviravoltas. Lembram-se do confronto entre a Aliança Rebelde e o Império, nas portas da Estrela da Morte durante “Uma Nova Esperança”? Chega a ser semelhante a sensação, apesar da escala reduzida. Se você pulou os créditos finais, saiba que George Lucas auxiliou no roteiro e tenho certeza que esta parte foi inclusa pelo grande criador da obra. Afinal de contas, um combate estelar é um resumo completo assumido pelo nome da franquia.

Tudo isto traz ainda mais ação e emoções para Ahsoka, que confia em si mesma e no processo em que Sabine Wren está passando. É impressionante compará-la com suas versões anteriores, mostradas em “Guerra dos Clones” e “Rebels”, trazendo uma personagem menos afobada e que sabe exatamente o que está fazendo – com segurança e firmeza. Ainda que The Mandalorian e O Livro de Boba Fett não tenham apresentado muito disso, é aqui que estes elementos brilham mais.

O tempo trouxe sabedoria e firmeza para Ahsoka

Uma ameaça se aproxima

Quem assistiu Star Wars: O Despertar da Força se questionou “como que este Novo Império assumiu o poder, logo depois de Luke e Darth Vader terem impedido Palpatine?”. E nenhum capítulo da franquia respondeu isso exatamente. Tivemos alguns pontos sendo expostos aqui e ali, uma forçada de barra por lá, mas nada de tão definitivo que mostrasse a brecha que encontraram para assumir o poder novamente.

Em The Mandalorian, vemos que eles buscam o DNA de Grogu para o processo de clonagem. Há algumas bases escondidas também, o que revela que eles nunca foram totalmente eliminados. Ainda que suas forças não dessem tanto na cara neste capítulo, vemos o outro lado. Hera discute com o “Conselho” da Nova República – qual está completamente alheio à ameaça, levando as confusões como casos isolados.

Um dia eles se arrependerão de não terem dado atenção

O debate revelado em Ahsoka diz muito sobre como este novo poder político foi novamente derrubado por forças malignas. Nem mesmo Mon Mothma agiu como uma voz da razão ali, de tão confiantes de que tinham vencido o principal conflito e mais nada os abalaria. Hera tentou jogar uma luz na preocupação, mas ao ser ignorada traz uma imagem bem clara de como eles caíram perante sua própria soberba. Assumo que, se não houver mais explicações a partir dali, é essa imagem que levarei comigo.

Impedir o retorno de Thrawn e das forças imperiais que se escondem por toda a galáxia é essencial, mas o grupo formado em “Rebels” não conseguirá impedí-los sozinhos. Se é isto que dará o grande motor para o filme que unirá estes personagens revelados nas séries, não sei dizer – mas afirmo que parece muito. Ainda que eu saiba o futuro de tudo isso, honestamente, este episódio me deixou curioso para ver como chegamos nele. E espero que mantenham este ritmo.

Ahsoka está sendo exibida pela Disney+ no formato semanal, todas as terças-feiras a partir das 22h. Veja mais em Críticas de Série!

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