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As Marvels | Crítica: Diversão descompromissada

Vamos direto ao ponto, caros leitores, o filme As Marvels, que reune a Capitã Marvel, Ms. Marvel e a Fóton é divertido. Ele passa bem longe de ser o pior filme do MCU, que já tem em Thor: Mundo Sombrio, Homem de Ferro 3 e Vingadores: Era de Ultron fechando esta tríade sagrada. Porém, também passa um pouco distante de fazer parte do hall dos melhores.

A produção funciona muito bem em termos de continuidade e de compromisso com as histórias que foram apresentadas até aqui. Uma leve carga de drama entre Monica e Carol, que tinham uma promessa que nunca foi cumprida. O humor bem acentuado com Kamala, que traz as melhores risadas – assim como alguns dos momentos mais tocantes. E, claro, muita ação para embalar essa história.

E embora você vá ler na internet (e muito) sobre o que não funciona nele, espero que saibam que os pontos positivos acabam superando os negativos. Sendo bem honesto, é o “arroz com feijão” que já estamos acostumados e acaba fazendo uma ponte interessante entre o que temos agora com o que virá em “A Dinastia Kang” e “Guerras Secretas”.

O filme é bom, o que já é algo legal…não?

O plot de As Marvels

Um fenômeno de substituição começa a acontecer em As Marvels, levando Monica, Carol e Kamala a trocarem de lugar de forma descoordenada – a partir do momento que Dar-Benn consegue encontrar o segundo bracelete que faz par ao que já vimos de Ms.Marvel. Isso acaba impactando quem tem poderes basedos na “luz” e é assim que elas se juntam para encerrar esta confusão.

Nick Fury acaba sendo envolvido na trama, mas não espere muito do maior espião do mundo. Você terá algumas cenas interessantes dele, só não um aprofundamento do que já vimos de Samuel L. Jackson nos antigos filmes e em Invasão Secreta. Vale destacar que toda a família de Kamala Khan também participa da jornada, integrando seu núcleo aos cinemas.

As coisas ficam confusas, mas tudo é explicado

E é a partir daí que temos alguns pontos que realmente valem a pena de As Marvels. A sinergia entre as três é impressionante e se me contassem que veríamos elas em mais filmes – juntas – eu comprava a ideia. Sabe aquele sentimento quando vimos Homem de Ferro, Doutor Estranho e Homem-Aranha em Guerra Infinita? É a mesma sensação.

Brie Larson consegue ser bem mais próxima ao espectador nesta produção, traçando um caminho mais voltado ao seu lado humano do que o heróico. Teyonah Parris também brilha em sua estreia cinematográfica e nem preciso dizer sobre Iman Vellani – a alma do filme e a responsável por dar o tom da ameaça que as três enfrentam.

Apesar dos Kree não conseguirem se manter em um filme, mesmo sendo o foco de alguns deles dentro do MCU, as fissuras que eles abrem no tempo-espaço fazem o papel de grande ameaça a ser combatida e revela alguns pontos interessantes. Sabe aquela história em Thor de que a “magia” é apenas a tecnologia que não compreendemos? Conseguiram fazer o mesmo, mas em relação às realidades e a galáxia. Acaba sendo uma explicação mais palpável para os leigos, diga-se de passagem.

As três estão prontas para salvar a nossa realidade

O complexo do MCU

Mantendo nossa relação de honestidade, não vi problema algum na atuação das três atrizes principais, na própria história e nem mesmo nas cenas de ação – que chamam a atenção e são muito bem coreografadas. Porém, As Marvels não é perfeito e algumas falhas acabam se sobressaindo e incomodando durante a experiência.

Uma delas é o tempo de recapitulação no início do filme. Adorei a cena da Kamala? Sim, mas é completamente desnecessária. O flashback de Carol Danvers? Não se passaram nem cinco anos desde a chegada do seu primeiro longa-metragem. Já alcançamos a marca dos 33 filmes, 8 séries (uma com duas temporadas) e 1 animação…se começarem a fazer isso direto, não valerá a pena acompanhar tudo com o mesmo gás.

Outro aspecto que continua sendo terrivelmente trabalhado é nos vilões. Dar-Benn é uma figura que tinha potencial para trazer proximidade ao público, seus poderes dão trabalho às heroínas e sua motivação é palpável. Porém, me desculpem, mas Zawe Ashton me pareceu uma simples “capanga” do início ao fim da produção. Como se tivesse algo maior por trás dela o tempo todo e acaba sendo apenas isso mesmo.

Dar-Benn tinha tudo para vingar. Não vingou

Além disso, o parto de Goose e a ideia do planeta musical são extremamente questionáveis – apesar de trazerem um aspecto mais divertido e descontraído para As Marvels. Você consegue entender como tudo chega ali e o que acontece, mas acaba sendo um momento mais esquisito do que algo que realmente alimenta a trama a seguir em frente.

Se você já assistiu a todas as produções do MCU nos cinemas e quer dar umas risadas, recomendo bastante que vá conferir. A internet vai fazer o que executa de melhor e potencializará os seus problemas para te fazer dar um passo para trás, mas para quem já viu coisa muito pior neste universo cinematográfico e engoliu…o que é ao menos umas sequências divertidas e embaladas por um trio que impactará o público de forma positiva?

As Marvels já está disponíveis em todas as salas de cinema no Brasil. Veja mais em Críticas de Filmes!

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nao woke
1 ano atrás

no thanks

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