Jeff Bezos divulgou nesta semana um vídeo curto, porém impressionante, capturado durante o mais recente voo do foguete New Shepard da Blue Origin. O diferencial? As imagens foram feitas por uma câmera livre que se soltou do veículo e flutuou ao lado dele, registrando ângulos nunca antes vistos de um lançamento espacial.
A câmera, equipada com duas lentes de 180 graus que formam uma visão de 360°, foi ejetada durante a missão NS-35, lançada em 18 de setembro do Texas. Enquanto o foguete subiu até cerca de 100 km de altitude e retornou à Terra em menos de 11 minutos, pousando verticalmente como de costume, a câmera girou de forma controlada, estabilizando as imagens mesmo com o movimento caótico do voo.
As imagens brutas passaram por algoritmos de estabilização que centram o foguete no quadro, criando um efeito visual hipnótico, como se a câmera estivesse dentro de uma bolha flutuante. O resultado é bem diferente das tradicionais transmissões fixas, é quase como estar no espaço ao lado do New Shepard.
A bordo da cápsula não havia tripulantes desta vez, mas 40 experimentos de estudantes e instituições de pesquisa, incluindo projetos apoiados pela NASA. A câmera solta era um teste adicional, com objetivo claro: tornar a experiência de voo suborbital mais imersiva, seja para treinamento, engenharia ou divulgação pública.
A Blue Origin ainda não divulgou o que acontece com a câmera após a missão – se ela pousa com a cápsula, desce de paraquedas ou se perde no céu. Mas considerando que a empresa prioriza a reutilização de componentes (o foguete pousa intacto para novo uso), é possível que a câmera também seja recuperada e reaproveitada em futuros lançamentos.
Se virar padrão, essa tecnologia pode dar a milhares de pessoas na Terra a sensação de estar lá fora, flutuando no espaço junto com o foguete, um pequeno, mas significativo, passo para tornar o espaço mais próximo de todos nós.
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