Uma das maiores lendas da busca por vida extraterrestre pode estar prestes a ganhar uma explicação surpreendente. O famoso “Sinal Wow!”, aquele registro de rádio tão intenso que um astrônomo escreveu “Uau!” ao lado dos dados em 1977, nunca foi completamente decifrado. Agora, o controverso astrônomo de Harvard Avi Loeb apresenta uma teoria que parece saída de um romance de ficção científica.
Em sua mais recente investigação, Loeb sugere que o objeto interestelar 3I/ATLAS, atualmente cruzando nosso sistema solar, pode ter sido a fonte daquele sinal histórico. O mais intrigante: em 1977, quando o sinal foi captado, esse objeto estaria a uma distância equivalente a 600 vezes o espaço entre a Terra e o Sol.
Loeb descobriu uma coincidência espantosa ao comparar as coordenadas celestes do objeto com a direção de origem do Sinal Wow!. Segundo seus cálculos, a probabilidade de esses dois pontos no céu estarem alinhados de forma tão precisa é de apenas 0,6%. “Se o Sinal Wow! realmente veio do 3I/ATLAS, quão potente seria o transmissor?”, questiona o cientista, reforçando sua hipótese de que o objeto pode ser uma criação tecnológica de civilização alienígena avançada.
Desde sua descoberta em julho, o 3I/ATLAS, apenas o terceiro objeto interestelar já identificado, tem despertado curiosidade na comunidade científica. Loeb já havia chamado atenção para sua composição química incomum, trajetória peculiar e tamanho suspeitamente grande. Agora, ele avança na especulação: para emitir um sinal detectável a 600 unidades astronômicas de distância, o objeto precisaria de uma fonte de energia entre 0,5 e 2 gigawatts, equivalente à potência de um reator nuclear terrestre.
A teoria, embora fascinante, carece de comprovação. Loeb admite que nenhum radiotelescópio monitorou o 3I/ATLAS até agora, mas espera que sua descoberta motive observações mais detalhadas. “Devemos usar todos os telescópios da Terra e do espaço para medir essas propriedades”, defende o astrônomo.
Enquanto isso, outras equipes continuam investigando o mistério. Pesquisadores da Universidade de Porto Rico estão reanalisando o sinal original como parte do “Projeto Arecibo Wow!”, criando a caracterização mais precisa já feita do fenômeno. Até agora, suas descobertas apontam para uma origem astrofísica natural, mas o caso está longe de ser encerrado.
Loeb, conhecido por suas ideias audaciosas, já pensa em planos de contingência para um primeiro contato alienígena. Ele adverte que devemos considerar a possibilidade de objetos interestelares, que se assemelham a cometas à distância, poderem carregar consequências devastadoras para nosso futuro, como um verdadeiro Cavalo de Troia cósmico.
Se realmente estivermos diante de uma civilização extraterrestre, o cientista imagina que a comunicação poderia ser tão desafiadora quanto formigas tentando compreender um motociclista passando pela calçada, um lembrete humilhante de que nosso conhecimento ainda está limitado às experiências terrestres, enquanto “nosso par de relacionamento interestelar pode exibir designs alienígenas muito além de nossa percepção atual da realidade”.
Veja mais sobre ciência!