Este é um gel que suga água do ar e depois libera aos poucos o líquido, o que pode ser uma solução eficiente para locais que sofrem com a seca ou problemas de abastecimento de água.
Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, desenvolveram um material barato que podem tirar água do ar mesmo em locais com pouca humidade – e depois liberar a água por meio da luz solar.
Como existem muitos locais com falta de água, o ar da Terra pode ser uma fonte inesgotável com o uso deste produto.
A estimativa é que o ar da Terra tem 13 trilhões de toneladas de água potável. No entanto, pesquisas do gênero no passado foram ineficientes e muito caras.
Isso pode mudar, pois um protótipo desenvolvido por Peng Wang, do Centro de Dessalinização e Reutilização de Água da Universidade, mostrou potencial e eficiência.
Como funciona o gel que suga água do ar
O dispositivo é baseado de sal, estável e não tóxico, e cloreto de cálcio.
Este sal pode absorver muito vapor do ambiente e transformar em uma poça de líquido.
“O sal pode se dissolver absorvendo a umidade do ar”, diz Renyuan Li, Ph.D. estudante na equipe de Wang.
Enquanto o sal tem a impressionante capacidade de absorver água do ar, o fato de transformá-lo em água salgada não é tão útil. Para contornar este problema, os pesquisadores incorporaram o sal a um polímero conhecido como hidrogel.
O material pode sugar bastante água enquanto se mantém sólido. Uma pequena quantidade de nanotubos de carbono adicionada à mistura ajuda o vapor capturado a ser liberado.
Durante os testes da equipe de cientistas, um simples protótipo de 35 gramas do dispositivo de extração conseguiu coletar 37 gramas de água em condições climáticas de 60% de umidade.
No dia seguinte, depois de duas horas e meia de luz solar, quase toda a água absorvida foi liberada.
Os pesquisadores dizem que, se o protótipo fosse ampliado para produzir 3 litros de água por dia, uma quantidade considerada mínima para um adulto, o custo do gel poderia ser de apenas meio centavo por dia.
A pesquisa foi publicada na mais recente edição do jornal Ciência e Tecnologia Ambiental.