Matrix inaugurou uma nova era de filmes de ação com teores filosóficos e cinematográficos ambiciosos. Vinte anos depois, os efeitos especiais de Matrix ainda são um marco para o cinema.
O vídeo do Frame Focus examina como a trilogia Matrix combinou técnicas tradicionais com a tecnologia digital de última geração da época para criar um resultado que não ficasse obsoleto com o tempo.
Para criar as sequências de ação, a equipe teve que desenvolver processos minuciosos para completar tarefas desafiadoras, que incluía, por exemplo, organizar círculos de câmeras tirando fotos sucessivamente e alinhá-las perfeitamente ao plano de fundo gerado por computador.
A cena emblemática do Neo desviando das balas foi criada por 120 câmeras estáticas, tirando fotos em sucessão do ator Keanu Reeves.
Para organizar a cena, a equipe seguiu uma simulação tridimensional gerada em computador, que ajudou a organizar a configuração das câmeras para o foco correto e também indicava como aponta-las exatamente para o lugar desejado.
A sensação de movimento do Neo nada mais é do que uma ilusão, criada por esse jogo de câmeras. A oscilação de movimento é resultado do espaçamento das câmeras organizadas no semicírculo. Quanto mais separadas umas das outras, elas desaceleravam a cena, enquanto que mais próximas, aceleravam.
Mas nem tudo em Matrix é resultado de efeitos digitais.
Em Matrix Revolutions, o último filme da trilogia, Neo (Keanu Reeves) e o agente Smith (Hugo Weaving) brigam sob a chuva enquanto aparecem centenas de clones do Smith. Ao contrário do que você possa ter imaginado, os clones de Weaving não são resultado de edição.
Como o vídeo abaixo mostra, a equipe construiu 150 manequins realistas do personagem, todos operados por 80 pessoas usando máscaras de silicone meticulosamente detalhadas com o rosto do agente.
Enquanto Matrix 4 tem data de estreia prevista para 2021, aguardamos ansiosos para ver como as tecnologias digitais de última geração foram usadas no novo filme da franquia.
