Um novo estudo indica que pessoas pobres tem mais sabedoria em relação às habilidades de resolver conflitos.

Isso significa que, apesar de termos hoje um sistema educacional e de treinamento de pessoas como nunca antes visto na história da humanidade, isso não necessariamente traz sabedoria.

Para estudar isso, o líder da pesquisa Igor Grossman e seus colegas pediram a milhares de pessoas para participarem de uma pesquisa online.

Os indivíduos foram convidados a recordar algum argumento ou problema que tiveram com outra pessoa. Então, eles passaram por algumas questões que analisaram as circunstâncias em torno dos problemas, como “Você já considerou a outra perspectiva”?

Pessoas pobres tem mais sabedoria

Depois das perguntas ser respondidas, eles traçaram uma “pontuação de sabedoria” para cada um dos participantes, e traçaram um paralelo com a classe social deles.

Aqueles nos níveis mais baixos da sociedade, financeiramente, tinham cerca de duas vezes mais o índice de sabedoria daqueles provenientes de classes mais abastadas.

Ou seja, quem apresentou menos educação escolar e mais problemas financeiros eram empáticos e mais capazes de se relacionar uns com os outros e resolver problemas.

O segundo teste pedia para os entrevistados realizarem um teste de QI e, em seguida, lessem as mensagens de uma coluna de conselhos.  Logo depois, os participantes tinham que discutir seus raciocínios em relação aos conselhos.

Um painel de juízes usou critérios estabelecidos para avaliar o raciocínio e sabedoria dos participantes. Mais uma vez, aqueles de classes mais baixas foram consistentemente melhores. O QI, por outro lado, não teve relação com as pontuações de sabedoria.

De acordo com Grossman, os recursos comunitários são mais importantes para aqueles que têm muito pouco. Amigos e familiares podem estar dispostos a se relacionar, mas você precisará ser muito hábil em navegar por problemas sociais para manter as coisas em movimento.

Infelizmente, o estudo não incluiu ninguém excepcionalmente rico ou muito empobrecido. Apesar de Grossman suspeitar que esses efeitos se dimensionam com extremos.

“Não ficaria surpreso se o resultado fosse ainda mais pronunciado nos extremamente ricos, mas ainda não temos os dados para falar”, disse ele para a ScienceMag. “Eu adoraria entrevistar Donald Trump”.

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