Yasuo Takamatsu nunca parou de buscar sua esposa, que desapareceu há 13 anos durante o tsunami de 2011. Desde então, ele realizou centenas de mergulhos em uma tentativa de encontrá-la, como documentado no filme The Diver.

Nos primeiros dois anos e meio após a tragédia, Takamatsu procurou incansavelmente em vários lugares — na área onde ela foi vista pela última vez, nas praias de Onagawa e nas florestas e montanhas próximas.

Quando esses esforços não trouxeram resultados, ele decidiu procurar no mar. Ele se inscreveu em uma loja de mergulho local para aprender a mergulhar, e o instrutor, Masayoshi Takahashi, que organizava mergulhos voluntários para limpar detritos do tsunami, começou a auxiliá-lo nas buscas.

Takamatsu mantinha registros detalhados de cada área que ele explorava no oceano, mas havia muitas restrições, como rotas de pesca e áreas com correntes perigosas. Cada mergulho era coordenado com a guarda costeira e pescadores locais.

Takamatsu e sua esposa Yuko se conheceram em 1988 e se apaixonaram rapidamente. No dia do tsunami, ele deixou Yuko no banco onde trabalhava e foi levar a sogra ao hospital.

Durante o terremoto, ele recebeu uma mensagem de Yuko às 15h21 perguntando se ele estava bem e dizendo que queria ir para casa. Depois, ele não conseguiu mais se comunicar com ela.

Apesar das buscas incansáveis em hospitais, escolas e centros de evacuação, ele nunca encontrou sua esposa.

Um mês após o tsunami, o celular de Yuko foi encontrado com uma mensagem não entregue dizendo: “Muito tsunami”.

Determinado a encontrá-la, Takamatsu começou a fazer aulas de mergulho aos 56 anos e obteve sua certificação de mergulhador em 2014. Desde então, ele realizou mais de 110 mergulhos, cada um durando entre 40 e 50 minutos, sempre à procura de qualquer pista, como carteira, roupas ou joias de Yuko.

Ele afirma: “É difícil, mas é a única coisa que posso fazer. Eu me sinto mais próximo dela no oceano.”

Quando perguntado sobre o que é o amor, Takamatsu respondeu: “Em outros países, as pessoas dizem ‘eu te amo’, mas no Japão, muitas vezes não dizemos. É algo mais implícito e entendido entre nós.”

Assista ao documentário aqui.

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