Ciência Tecnologia

Homem se torna o primeiro do mundo a receber alta do hospital com um coração totalmente artificial

Um australiano fez história ao se tornar a primeira pessoa do mundo a deixar o hospital com um coração totalmente artificial.

O paciente, um homem na faixa dos 40 anos de New South Wales, sofria de insuficiência cardíaca em estágio terminal e tinha poucas chances de sobreviver tempo suficiente para um transplante convencional.

A solução veio na forma do BiVACOR Total Artificial Heart, um coração mecânico de titânio, implantado no Hospital St Vincent’s, em Sydney, em novembro de 2024. Ele viveu com o dispositivo por mais de 100 dias, até receber um coração de doador em março de 2025.

Como Funciona o BiVACOR?

Desenvolvido pelo engenheiro biomédico australiano Dr. Daniel Timms, o BiVACOR utiliza tecnologia de levitação magnética para bombear sangue pelo corpo.

Ao contrário dos corações artificiais tradicionais, que precisam de duas bombas separadas, o BiVACOR possui um único rotor giratório, que imita os ventrículos esquerdo e direito de forma eficiente e durável.

A cirurgia foi conduzida pelo cirurgião cardiotorácico Dr. Paul Jansz. Após o procedimento, o paciente recebeu alta e voltou à sua rotina, provando que o BiVACOR pode ser usado como ponte para o transplante e que pacientes podem viver normalmente fora do hospital com o dispositivo.

Um Marco para a Medicina Cardíaca

O sucesso do BiVACOR faz parte do Artificial Heart Frontiers Program, uma iniciativa liderada pela Monash University e outros institutos de pesquisa australianos. O objetivo é aprimorar a tecnologia de corações artificiais e expandir opções de tratamento para pacientes com insuficiência cardíaca grave.

O que isso significa para o futuro? Menos dependência de doadores humanos, possibilidade de eliminar a fila de transplantes e avanços no tratamento de falência cardíaca severa.

Embora o BiVACOR já tenha sido testado nos EUA, esta foi a primeira vez que um paciente recebeu alta com o dispositivo implantado. Pesquisadores acreditam que esse marco revolucionário pode abrir caminho para o uso generalizado da tecnologia – e até mesmo substituir os transplantes tradicionais no futuro.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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