Após a apresentação de todos os personagens centrais de Invasão Secreta e mostrar seu posicionamento em meio a toda a guerra entre os humanos e Skrulls, chegou a vez da série mover suas peças dentro do grande tabuleiro do MCU e mostrar que não teme se encaminhar por trilhas menos amigáveis para chegar onde deseja.
Assim como vemos mais de Gravik e suas ambições, até o ponto onde ele realmente está envolvido dentro da política internacional – também temos um vislumbre maior de como foi a vida de Nick Fury e o que ele teve de passar para chegar até onde o conhecemos. Mais honestamente, o que ele e Talos tiveram de fazer para alcançar um alto patamar na S.H.I.E.L.D. e no ramo da espionagem.
O seriado entrega outro episódio consistente, não se apressando para mostrar onde estão dispostos a chegar dentro de todo este conflito e mostrando uma trama mais sólida para servir de base à esta primeira metade do seu arco. Sim, caros leitores, chegamos ao meio da produção e isso nos traz duas opções: ou o fim será como das demais, corrido e sem escolhas inteligentes ou estamos perante uma verdadeira obra-prima e nossas expectativas que estavam baixas. Escolha uma e vamos prosseguir.
O ritmo de Invasão Secreta
Conforme assistia Invasão Secreta, ao menos neste terceiro episódio, eu gostei demais do passo lento e do encaminhamento que tanto os personagens quanto a trama estavam rumando. Ouso dizer que é uma história de espionagem mais acertada do que vimos em Capitão América e o Soldado Invernal – meu filme favorito da Marvel Studios, inclusive. Nada neste terreno pode ser apressado ou tirar o ritmo das descobertas que tanto o público quanto os heróis veem à sua frente.
A parceria entre Nick Fury e Talos se mostra outro grande acerto, trazendo interações entre os dois personagens que me mostram bem mais do que vi entre outras duplas dentro do MCU – Capitão América e Falcão, por exemplo, Homem de Ferro e Máquina de Combate…entre outros. O formato episódico é um acerto bem grande, pois dá tempo para estes laços serem melhor desenvolvidos do que um simples filme de 2h – qual tem de ser dividido com 1h de pura ação e explosões, diga-se de passagem.
Em contraponto aos dois, vemos também mais de Gravik e Gi’ah em suas missões ao redor do planeta. Acreditei fielmente que veria um romance entre os dois, já que acompanhamos eles crescendo juntos dentro da rede de espionagem de Fury e desde aquela época próximos. No entanto, as reviravoltas que implicam nisto ajudarão a compreender melhor a figura do vilão dentro deste conexão e tudo o que ele almeja dali em diante.
Outro fator interessante é finalmente vermos a Marvel Studios ter a coragem em Invasão Secreta de dizer as palavras que todos esperam. Gravik finalmente denomina os experimentos que está realizando para a criação de “Super Skrulls” e levará qualquer fã a criar milhões de teorias a partir disso. Oras, não é um vilão próprio do Quarteto Fantástico? Enfim, deixarei para que o episódio te mostre algumas respostas e traga outras perguntas sobre o que estão planejando.
Rumo ao fim
Como afirmei acima, chegamos na metade da série e nas próximas semanas já veremos o seu grande desfecho. Todos nós sabemos que o estúdio costuma gastar todo seu investimento em atos colossais e combates épicos para finalizar cada obra possível – o que nos indica que teremos ao menos um ou dois episódios que moverão a trama adiante antes disso ocorrer. Apesar de ser o tempo que um filme teria para começar e terminar, a forma como a Marvel seguirá me preocupa como fã da produção.
Assim como é justo notarmos que algumas opções são bastante clichê dentro de Invasão Secreta. No segundo episódio, vemos Rhodes chamar Fury de “Nick”. Neste, o próprio afirma que ninguém o chama desta forma, parafraseando sua mesma afirmação vista em Capitã Marvel – o que indica que o herói pode e deve ser um Skrull também. Sim, caros leitores, isso já era esperado, afinal de contas ele é o único Vingador presente na trama. Mas confesso que eu mesmo estava aguardando por um choque maior e olha que a informação nem foi revelada oficialmente ainda.
Isso torna a série ruim? Óbvio que não, eu mesmo não gostei do primeiro episódio enquanto o segundo e terceiro me convenceram de que há uma tentativa séria de aplicar o clima de espionagem qual me agradou mais. No entanto, assim como foi em Wandavision, se segurarem em opções clichê e que não acrescentam nada mais denso ao MCU pode ser um caminho difícil a ser tomado. Em Capitão América e o Soldado Invernal, por exemplo, vemos a Hidra escondida e impactando todas as demais produções. Os Skrulls deviam ser “outro nível” deste tipo de infiltração.
Temo pelo caminho que tomarão para chegarem até o fim dela, mas acredito que ainda há esperanças de vermos reviravoltas maiores do que a vistas em tela. Com os Super Skrulls a caminho – sendo a confirmação de um algo já estabelecido nos trailers e neste capítulo, acredito que existem chances de haver outras cartas na manga a serem jogadas. Teremos de aguardar os próximos capítulos, mas por enquanto estamos vendo algo bem posicionado dentro deste cenário criado no Universo Cinematográfico Marvel.
Invasão Secreta está sendo exibida pela Disney+ todas as quartas-feiras, a partir das 5h. Veja mais em Críticas de Séries!