Ciência

Jornal esculpido na praia alerta os danos do plástico nos oceanos

O despejo de lixo plástico nos oceanos é uma realidade trágica. Um dos principais fatores poluentes e ameaçadores do ecossistema marinho.

Diante de tantas iniciativas para levar este assunto como alerta mundial, um projeto japonês desenvolveu um jornal esculpido na areia para alertar a dimensão do problema.

Voice of the sea News é um projeto colaborativo que tem como objetivo “falar em voz alta em nome dos oceanos que estão sofrendo em silêncio”.

Jornal esculpido na praia alerta os efeitos do plástico nos oceanos
“O oceano não fala. Então, eu falarei por ele”, diz jornal esculpido na areia da praia japonesa

A página colossal de 50 metros de comprimento e 35 metros de largura está marcado na areia da Praia de Iioka, na prefeitura de Chiba.

O artigo esculpido enfatiza como os 8 milhões de toneladas de lixo plástico despejados anualmente em rios e oceanos ao redor do planeta colocam a vida de cerca de 700 espécies de animais em risco.  

Jornal esculpido na praia alerta os efeitos do plástico nos oceanos

Encabeçado por Toshihiko Hosaka, artista de areia, o projeto uniu moradores e estudantes locais para criar o trabalho, que durou ao todo 11 dias para ser concluído. A intenção é que o mundo se conscientize sobre seu consumo e descarte de plástico.

“O oceano não fala. Então, eu falarei por ele. Atualmente, muitas criaturas dos oceanos estão morrendo. A causa é o plástico. Sacolas plásticas, garrafas de plástico, isopor… 8 milhões de toneladas de plásticos usados todos os dias são despejados em rios e nos oceanos a cada ano, e permanecem flutuando como lixo.  Ao ingerir ou ficarem presos em lixo plástico, cerca de 700 espécies de animais, incluindo tartarugas marinhas, aves marinhas, focas e peixes, são prejudicados e mortos. O maior problema é que, uma vez despejado no mar, o lixo plástico leva centenas de anos para se decompor, e isso continua a sobrecarregar as gerações futuras. Demora cerca de 400 anos para uma garrafa de plástico se decompor. A linha de pesca leva cerca de 600 anos. O lixo plástico é decomposto [no mar] por um longo período pela radiação ultravioleta do sol e pelas ondas do oceano. Ao se tornarem microplásticos, que têm menos de cinco milímetros de comprimento, eles podem ser absorvidos pelos animais sem sequer serem notados. Ainda não está claro quais efeitos isso pode causar.

A quantidade de lixo plástico só aumenta. Dizem que, se continuarmos neste caminho sem tomar contramedidas, a quantidade de lixo no mar ultrapassará a quantidade de peixes. Nós, japoneses, também somos amplamente responsáveis. O Japão é o segundo país que mais produz lixo plástico por pessoa. Para corrigir isso, temos que olhar profundamente o que está acontecendo no oceano. Precisamos pensar sobre coisas que ignoramos como resultado de priorizar o crescimento econômico, a conveniência cotidiana e coisas do tipo. Não jogando lixo fora. Reutilizando. Aumentando sua voz. Continuando a pensar. Está claro o que deve ser feito. O oceano nos concedeu muitas bênçãos e muita felicidade. O que podemos dar em troca?”

E você, o que tem feito para combater esse problema? Afinal, a solução começa agora, nos mínimos detalhes das escolhas que a gente faz no dia a dia.

Acompanhe o projeto no site oficial.

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