Sempre em busca de inventar e construir coisas novas, o estudante boliviano Esteban Quispe criou um robô Wall-E com resíduos de eletrônicos encontrados no lixo.
Na animação da Pixar, o robô carismático tenta consertar o estrago que a humanidade causou a ela própria e ao planeta, e nas mãos de Esteban, o robô nasce do lixo para mostrar como a criatividade é uma necessidade pulsante do ser humano.
O corpo do Wall-E foi feito com chapas de estanho, ferro e outros metais descartados. No aterro, ele seleciona tudo o que pode ser útil para suas invenções: carcaças de dispositivos eletrônicos como computadores, impressoras, telefones fixos e celulares.
“Não era porque eu queria, era uma necessidade. Se eu tivesse dinheiro, teria utilizado materiais novos. Mas como não tinha, então comecei a procurar soluções”, ele explica sobre a escolha dos materiais.
A máquina é capaz de mapear áreas e se movimenta através de sensores. Cada byte é armazenado em uma matriz, e o robô já coletou dois milhões de dados. Demorou um ano para construi-lo, e Esteban se diz satisfeito com o que o robô já aprendeu.
Em sua oficina de apenas uma sala, no município de Patacamaya, ao sudeste de La Paz, o jovem já criou cerca de 24 robôs com os dejetos que encontra. Uma arte que não é fruto de um “talento”, mas de muita persistência e dedicação.
Autodidata, o jovem aprendeu a dominar a tecnologia nomeando componentes com palavras familiares na Bolívia rural. Usando termos simplificados e de fácil assimilação que criou para sua própria aprendizagem, ele também pode ensinar sobre tecnologia à sua comunidade.