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Lucas Museum abre em 2026 e promete ser o paraíso dos fãs de Star Wars e da arte narrativa

O aguardado Lucas Museum of Narrative Art, idealizado pelo criador de Star Wars, George Lucas, finalmente tem data para abrir as portas: 22 de setembro de 2026. Localizado no Exposition Park, em Los Angeles, o museu é dedicado à arte de contar histórias por meio de imagens, uma celebração da narrativa visual que atravessa séculos e linguagens.

Com um acervo que ultrapassa 40 mil obras, o espaço vai reunir desde pinturas clássicas até quadrinhos, ilustrações de ficção científica e pôsteres de cinema. O projeto é fruto de mais de uma década de trabalho de Lucas e de sua esposa, Mellody Hobson, co-CEO da Ariel Investments. A ideia começou a tomar forma em 2013, quando o casal buscava um local ideal para o museu, cogitando cidades como São Francisco e Chicago antes de escolher Los Angeles como casa definitiva, em 2017.

A construção, assinada pelo arquiteto Ma Yansong, passou por uma série de atrasos. Inicialmente prevista para 2021, a inauguração foi adiada várias vezes, chegando agora à data oficial de 2026. Apesar dos desafios, o museu promete se tornar um marco cultural e um ponto de encontro entre arte, cinema e cultura pop.

Entre as obras confirmadas no acervo estão nomes de peso como Frida Kahlo, Diego Rivera, Jacob Lawrence, Mary Cassatt, Charles White, Judith F. Baca, Ernie Barnes, N. C. Wyeth, Maxfield Parrish e Gordon Parks. O museu também é dono de peças icônicas, como Saying Grace (1951), de Norman Rockwell, comprada em um leilão da Sotheby’s por 46 milhões de dólares, e George Washington Carver Crossing the Delaware (1975), de Robert Colescott, adquirida em 2021 por mais de 15 milhões.

Além da arte tradicional, o Lucas Museum exibirá itens preciosos dos filmes de Lucas, como maquetes, figurinos e concept arts do universo Star Wars e outras produções. O próprio cineasta descreve o projeto como “um templo da arte do povo”, destacando a importância das histórias e mitologias visuais para a construção da identidade humana. “As histórias ajudam a compreender os mistérios da vida”, afirmou. Hobson reforça essa visão, dizendo que o museu busca refletir a humanidade nas imagens expostas, permitindo que cada visitante se reconheça nelas.

Nos bastidores, o museu também passou por transformações recentes. A diretora e CEO Sandra Jackson-Dumont, vinda do Metropolitan Museum of Art, deixou o cargo no início de 2025, sendo substituída interinamente por Jim Gianopulos, ex-CEO da 20th Century Fox e da Paramount Pictures. Pouco depois, cerca de 14% da equipe foi dispensada em um processo de reestruturação interna.

Mesmo antes da inauguração, o Lucas Museum já vinha promovendo sua filosofia em grandes eventos. George Lucas participou de painéis em convenções como a San Diego Comic-Con, ao lado de nomes como Guillermo del Toro e Queen Latifah, enquanto Martin Scorsese moderou uma mesa no evento de Nova York. Nessas aparições, Lucas reforçou a essência do projeto: celebrar a arte que move as pessoas, as histórias que constroem comunidades e os mitos que moldam a cultura.

Com essa proposta, o museu pretende se tornar um dos espaços mais inovadores de Los Angeles, uma verdadeira galáxia de narrativas, onde o poder das imagens e das histórias será o centro da experiência.

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Hortência é profissional de Letras, educadora, tatuadora e mãe. Apaixonada por arte e cultura, une seus múltiplos interesses que vão da cultura pop à gastronomia para produzir conteúdos variados e criativos.

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