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Missão Impossível – Nação Secreta | Crítica: o Incansável Tom Cruise

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A cada novo Missão Impossível, Tom Cruise acha um novo jeito de testar seus limites, trazendo cenas cada vez maiores de ação sem dublês. A de Missão Impossível – Nação Secreta, onde ele fica preso em um avião enquanto o mesmo decola, foi amplamente usada nos trailers, tentando trazer o público para o filme com uma promessa de boas cenas e missões impossíveis. Não somente o filme entrega tudo isso, como vai ainda além.

A trama da vez gira em torno de uma organização secreta chamada Sindicato, formada por ex-agentes especiais de diversas nacionalidades e que tem o objetivo de criar a anarquia e uma nova ordem mundial. Ethan Hunt (Tom Cruise) começa a tentar desmantelar essa organização, e aí a trama do filme se desenrola com as usuais missões impossíveis, uso de máscaras, perseguições e todo o pacote que esperamos de um Missão Impossível.

O que torna Nação Secreta especial é a maneira como personagens e situações surgem nessa nova trama. A adição de Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), a personagem feminina do filme, não poderia ser mais acertada. Ela traz um ótimo ar de mistério para a trama, já que não sabemos exatamente de qual lado ela está, e sua construção é digna de nota, com uma presença pouco usual em filmes de ação (ou até mesmo dentro da própria franquia). E, para completar, suas cenas de ação são até melhores que a de Ethan, todas trabalhadas em uma movimentação muito mais rápida e esguia, combinando com a personagem.

missão impossível - nação secreta-rebecca ferguson

Além dela, Benji também teve seu destaque no filme, tanto servindo como alívio cômico, como fazendo parte da ação, em uma ótima atuação de Simon Pegg. E o próprio Sindicato também merece algum destaque. O roteiro deixa claro o poder que a organização tem, especialmente seu líder, Solomon Lane (Sean Harris), que consegue passar bem o ar de um vilão a ser temido, especialmente por conta de sua inteligência.

Da produção, tudo funciona fluidamente. A direção de Christopher McQuarrie (que também assina o roteiro) é cheia de ótimos momentos, especialmente em conjunto com a fotografia e coreografia, entregando cenas singulares como uma luta de facas ou de uma perseguição envolvendo carros e motos em ruelas marroquinas. Além disso, a filmagem em IMAX favorece diversos momentos de imersão, então quanto maior a tela, melhor a experiência.

A Nação Secreta

Mesmo com tantas coisas e momentos ótimos, o maior destaque do filme fica com sua ideia da nação secreta, do desconhecido. Toda a trama gira em torno de personagens ambíguos, envolvendo objetivos desconhecidos e segredos de todos os lados. Com isso, é muito fácil se deixar levar pelas viradas do roteiro, mesmo que não sejam exatamente surpreendentes. Missão Impossível – Nação Secreta é um grande plano que não cansa de nos despistar e estar sempre um passo a frente, até mesmo em seu final, quando achamos que tudo ficou resolvido e não há mais jogadas a serem feitas.

Ah, e não tenha dúvidas de que veremos mais Ethan Hunt por aí, Tom Cruise está longe de se aposentar (inclusive houveram piadas envolvendo isso no filme), e deve surgir com alguma nova cena mirabolante logo, logo.

4estrelas

missão impossível - nação-secreta-críticaMissão Impossível – Nação Secreta

Diretor: Christopher McQuarrie

Roteiro: Christopher McQuarrie e Drew Pearce

Duração: 131 minutos

Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Rebecca Ferguson

Lançamento: 13 de Agosto de 2015

Autor: Guilherme Souza

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1 Comentário
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Paulo
Paulo
9 anos atrás

Tom Cruise, pra mim, é uma lenda.

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