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Monsters of Rock 2015: Ozzy e Judas Priest salvam o dia

Monsters of Rock 2015: Ozzy e Judas Priest salvam o dia

Os deuses do metal Ozzy Osbourne e Judas Priest salvaram o dia no Monsters of Rock 2015, que começou em um sábado peculiar de outono na zona norte de São Paulo.

Entre nuvens e respingos, os fãs do Motorhead não gostaram nada da notícia de que o show foi cancelado, pois Lemmy (o vocalista) teve problemas no estômago e febre. Felizmente, o festival trouxe muitas bandas, e o saldo final foi positivo.

Bandas velhas e novas no Monsters of Rock 2015

De La Tierra iniciou o dia com seu metal latino-americano brutal, para depois dar espaço ao Coal Chamber, banda que mescla elementos de industrial e nu metal.

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Infelizmente, por um equívoco na escolha do line-up do evento, Coal Chamber tinha o show marcado para as 14:20. Espaço que deveria ser do Black Veil Brides, levando em conta toda a seleção de bandas para o evento.

Mesmo assim, Dez Fafara fez questão de levantar o público iniciando o show com “Loco” e tocando hits como “Big Truck”, “Sway” e “Fiend”. Destaque também para a baixista, Chela Rhea Harper, que fez uma excelente performance ao vivo.

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Em seguida, veio uma surpresa agradável, Rival Sons. Os californianos pisaram no palco e disseram: “Olá, nós somos o Rival Sons e viemos para tocar rock’n roll”. Dito e feito. Com uma mescla de rock, blues, solos intensos e muito ritmo, o show do Rival Sons realmente surpreendeu.

O pessoal do Black Veil Brides, com seu estilo glamoroso, maquiado e colorido talvez não tenha sido uma boa opção para fazer parte do line-up do dia. A banda foi vaiada o vocalista Andy Biersack chegou até a rebater a plateia que gritava “Motorhead, Motorhead”.

“Eu também adoro Motorhead”, disse Biersack, em seguida tentou explicar que estava ali para apresentar o trabalho de sua banda, sem conseguir disfarçar o constrangimento.

A banda chegou até a abandonar o palco e fazer uma pausa de cerca de cinco minutos. Depois, voltaram para tocar mais algumas músicas, mas sem ânimo.

No final das contas, conseguiram fechar o show de forma amigável, pedindo desculpas, apesar da culpa não ser dele, mas sim do público dinossauro do rock mal educado e da organização do festival — que teve a infelicidade de inserir o grupo no line-up.

Chegou a hora que muitos esperavam: Motorhead. E aí o balde de água fria nos fãs: show cancelado por problemas de saúde de Lemmy, que tem 69 anos. Houve, no entanto, uma palhinha de Phil Campbell (guitarrista) e Mikkey Dee (baterista), que tocaram três músicas (“Orgasmatron”, “Ace of spades” e “Overkill”) em companhia do Sepultura.

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Por conta disso, o show do Judas Priest foi um pouco mais longo. Teve início com uma música nova, “Dragonauts”, e apesar de ficar morno na metade, depois embalou os fãs do heavy metal com hits como “Breakin the law”, “Halls of valhalla” e terminou com “Painkiller”.

Finalmente, chegou a hora do Príncipe das Trevas entrar no palco. Ozzy Osbourne chega animado, grita, diz para todo mundo ficar maluco e começa sua apresentação com “Bark at the moon”, “Mr. Crowley” e “I don’t know”.

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O velhote está firme e forme, corre pelo palco, bate palmas, pula e até usa uma pistola d´água para molhar o público (e até a sua própria cabeça).

É importante ressaltar que Ozzy certamente representa um show emocionante para muita gente, inclusive eu. As músicas dele e do Black Sabbath são como canções de ninar de minha infância. E ouvir a voz de Ozzy, tão peculiar e característica, ao vivo, arrepia qualquer headbanger.

Especialmente quando “War Pigs” é entonada em alto e bom som – um dos pontos mais altos do show.

Com uma apresentação animada e cheia de clássicos, o evento terminou com “Paranoid”, um dos clássicos do Black Sabbath.

DSC_0162Em geral o Monsters of Rock 2015 funcionou muito bem, mesmo que com imprevistos. No entanto, há algumas ressalvas:

O fato de dividir as pessoas em dois corredores, com bares e restaurante nos cantos, não ajudou muito na hora de procurar um lugar legal para curtir o show.

Além disso, o som mais para o fundo da Arena estava muito baixo, e quem ficava por lá não tinha uma visão muito boa, também pelos telões não serem tão grandes.

Em relação a organização, ponto negativo para a entrada, que formou filas imensas e fez com que as pessoas demorassem horas para ter acesso ao show.

Já os pontos positivos ficam para as instalações: restaurantes, bares, lojas, banheiros, caixas, em geral todos funcionavam sem problemas.

Ficamos no aguardo de mais shows brutais como estes para o próximo ano!

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