Nos anos 1950, uma época em que “diversão em família” tinha significados bem diferentes, um brinquedo chamado Gilbert U-238 Atomic Energy Laboratory foi lançado no mercado, e recentemente, um desses raros kits foi leiloado por impressionantes US$ 16.500. Conhecido como “o brinquedo mais perigoso da história”, ele continha materiais radioativos de verdade, mostrando que a linha entre o educativo e o arriscado podia ser bem tênue.
O que havia no kit?
Criado por Alfred Carlton Gilbert, o mesmo inventor do famoso Erector Set, o kit era uma aula de ciência nuclear embalada em uma maleta de 25 polegadas. Dentro, crianças podiam explorar:
- Câmara de nuvens: Para observar trajetórias de partículas.
- Espintariscópio: Uma ferramenta para visualizar a desintegração radioativa.
- Eletroscópio: Para medir a radiação das amostras incluídas, como carnotita, autunita, torbernita e uraninita.
Além disso, o conjunto vinha com livros informativos, como o Manual de Energia Atômica Gilbert, um guia para prospectar urânio e até um quadrinho chamado Dagwood Splits the Atom.
Um produto do seu tempo
Esse “brinquedo” foi produzido em plena Guerra Fria, quando a energia atômica era vista com fascínio e temor. Lançado entre 1950 e 1952, menos de 5.000 unidades foram vendidas, tornando-o uma peça de colecionador. Apesar do medo gerado por sua fama, especialistas afirmam que a radiação emitida pelas amostras era mínima, comparável à exposição ao sol em um dia comum.
O RR Auction recentemente colocou o kit à venda, e o alto preço reflete seu valor histórico e raridade.
Para colecionadores de brinquedos vintage, é uma joia única.
De qualquer forma,esse brinquedo nos lembra de como a ciência e a cultura popular já caminharam lado a lado, às vezes de maneiras surpreendentemente arriscadas.
Bruce Pennington é um renomado artista britânico aclamado por suas capas de livros vibrantes e surreais nos gêneros de ficção científica e fantasia durante as décadas de 1960 e 1970.
Seu estilo distinto mistura cores intensas, paisagens oníricas e designs futuristas, tornando-o uma figura icônica na arte especulativa.
Famoso por suas capas de Duna, Pennington capturou a grandeza alienígena do universo de Frank Herbert.
Sua arte assustadora para H.P. Lovecraft deu vida aos horrores cósmicos, enquanto seus designs deslumbrantes para Arthur C. Clarke refletiam temas de transcendência e o desconhecido.
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