Great Scott! Hoje é quarta-feira, 21 de Outubro de 2015. Entramos oficialmente no futuro de De Volta Para o Futuro (a partir de 16h29, pelo menos)! No segundo filme da saga, Marty McFly chega no futuro, que, imaginado em 1989, consegue ser, ao mesmo tempo, muito semelhante e diferente do que vivemos hoje.
É difícil que você nunca tenha visto (ou ouvido falar, ao menos) de De Volta Para o Futuro. Os filmes que contam a história de Marty McFly (Michael J. Fox), Doc Brown (Christopher Lloyd) e suas viagens ao passado e futuro são amadas por muitas pessoas, e não são poucos os motivos. A direção de Robert Zemeckis é ótima, o roteiro e todas as ideias são criativas e homenageiam a cultura pop (a Pepsi, Steven Spielberg e seus filmes, e assim vai), e o carisma de Michael J. Fox nos carrega por todos os filmes sem dar o menor cansaço.
Mas, voltando ao futuro, como será que nos comparamos as ideias mostradas no filme?
O Futuro em De Volta Para o Futuro
Comunicação
O futuro do filme mostrava novas maneiras de se comunicar, algumas eram boas ideias, outras eram simplesmente péssimas. Conversas por vídeo são comuns hoje em dia, com Face Time, Skype, Hangout, e muitas outras plataformas para tanto, e nossos celulares trazem tudo que precisamos durante o dia (inclusive câmera). Mais importante que tudo isso, porém, é o fato do filme ter errado e não usarmos mais máquinas de fax (na maioria dos lugares, pelo menos, e mesmo os lugares que possuem não devem ter várias). No geral, nossa comunicação tem avançado constantemente com os anos, indo muito além do que o filme previa, com a internet facilitando tudo (e vamos lá, quem conseguiria prever tanto avanço tecnológico?). Ponto para nós e para o filme!
PS: Os correios continuam cheios de problemas, mais um ponto para o filme.
Transporte
Nada de carros voadores aqui, o que, analisando a situação, é um alívio. Imagina a possibilidade de acidentes… Também não temos o tão amado hoverboard, e, se você parar para pensar, não temos muitas vitórias aqui. O nosso futuro é lotadíssimo de carros, congestionamentos e poluição, com carros elétricos ainda entrando no mercado e a colaboração entre pessoas para usar menos carros é pequena. A gasolina ainda é o grande combustível do momento, o transporte público tem uma qualidade variada, dependendo da região, e as vezes nem é acessível a toda a população. Ponto para o filme, nada para nós.
Cultura e Sociedade
Entre Tubarão 19 e Star Wars VII: O Despertar da Força, acho que temos um ganhador claro aqui, não? A cultura evoluiu muito junto com a comunicação, se difundindo e se tornando mais diversa. O filme acaba não mostrando muito desse quesito, ficando mais em easter eggs e cenas menores, então não há muita comparação, mas temos os altos e baixos por aí. O interessante é notar que o filme acertou em mostrar que, mesmo após décadas, as franquias antigas ainda são relevantes. Jurassic World, Star Wars, Exterminador do Futuro, Alien e outras estão aí para provar.
A sociedade ainda está procurando seu caminho, e se mistura entre momentos preocupantes e vitórias da humanidade, sendo algo que vai demorar um bom tempo para mostrar mudanças mais drásticas. Ainda temos muitos preconceitos e barreiras para quebrar aqui.
Moda
Tirando a roupa auto-secante e os tênis que se amarram sozinhos, temos apenas vitórias aqui. Vamos lá, quem gostaria de se vestir desse jeito? Ou usando duas gravatas??
É sempre interessante ver como filmes, livros e derivados criam nossos futuros. Vão desde utopias onde tudo funciona bem e a humanidade evoluiu, até distopias onde tudo está acabado, e De Volta Para o Futuro não escolheu um lado tão claro nessa linha, mostrando um pouco de tudo, sendo até realista em toda a sua irrealidade, e assim funciona nosso futuro real também, cheio de coisas boas e ruins. Como nosso amigo Doc lembrou, o futuro só depende de nós, então arregace suas mangas, e venha moldar um bom futuro com a gente.
Ah, e fique tranquilo, para onde vamos não precisamos de estradas 😉
Autor: Guilherme Souza
