Um gêmeo digital do Titanic em tamanho real, criado a partir de mais de 700 mil imagens e milhões de medições, está revolucionando nossa compreensão sobre o destino do navio.
Desenvolvido pela empresa britânica Magellan Ltd em parceria com a Atlantic Productions, a reconstrução em 3D mostra os destroços em detalhes impressionantes — desde placas do casco quebradas até objetos espalhados no fundo do mar, a quase 4 mil metros de profundidade.
Entre as descobertas mais surpreendentes estão pequenos furos do tamanho de uma folha de papel espalhados por seis compartimentos. Esses danos desafiam a teoria tradicional de que o iceberg teria rasgado o casco com um rombo enorme. Em vez disso, sugerem que a água invadiu o navio de forma gradual, superando os limites de projeto da embarcação.
Detalhes humanos por trás da tragédia
O modelo também traz à tona histórias de heroísmo e desespero. Um vapor de escape deixado aberto na popa confirma relatos de sobreviventes de que os engenheiros mantiveram os geradores funcionando até o último momento para iluminar o convés durante o evacuamento. Marcas de pressão extrema nas caldeiras revelam os esforços da equipe para manter a energia, mesmo sabendo que não sobreviveriam.
No meio dos destroços, objetos pessoais — como um óculo quebrado e pertences espalhados — oferecem um vislumbre emocionante do caos vivido pelos passageiros. Esses fragmentos de história agora estão preservados digitalmente, já que o navio físico está em acelerada deterioração. Especialistas estimam que os destroços podem desmoronar completamente até 2030, o que torna esse projeto ainda mais urgente.
Mais do que um feito tecnológico, o “gêmeo digital” do Titanic abre um novo capítulo na investigação de uma das maiores tragédias marítimas da história — revelando não apenas como o navio afundou, mas também como pessoas comuns enfrentaram seus momentos finais.
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