Visitamos a Brasil Game Show, a maior feira que acontece todo ano e apresenta as novidades do mundo dos games e do mundo GEEK. Apesar de ter muita coisa, como todo o glamour dos blockbusters, o melhor mesmo são os jogos indie da BGS 2018.
Andando por lá, a gente encontra uma diversidade de stands de propagandas das marcas e venda de camisetas, canecas e figuras colecionáveis. E, claro, as últimas novidades dos gigantes XBOX e PlayStation.
Mas do que nós gostamos mesmo, foi de andar pela rua indie. Lá encontramos jogos independentes e produções genuinamente brasileiras que abrangem muita criatividade e inspiração.
Alguns chegam inclusive a ser mais interessantes e divertir do que gigantes produções da indústria, aqueles jogos que custam milhões, mas carecem de “alma”.
Aqui vai a lista dos que conquistaram nossos corações gamers.
Os melhores jogos indie da BGS 2018
Esquadrão 51
Esse game da Loomiarts convida o jogador a se juntar à causa rebelde e combater os extraterrestres que invadiram a Terra.
Com visual totalmente retrô, esse é um jogo de tiro cujo objetivo é destruir ondas de naves espaciais. E que também oferece opção de multiplayer local cooperativo.
São seis fases em diferentes tipos de ambientes: sobre o oceano, montanhas geladas, cavernas, tempestades e outros, que ficam para sua surpresa.
A arte preto e branco é inspirada em desenhos animados antigos, com uma narrativa contada através de cutscenes (filmadas em live-action), relembrando os filmes clássicos de ficção científica. Me lembrou especialmente Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977) e Guerra dos Mundos (1953).
É o bom e velho jogo de navinha, mas com conteúdo original e criativo, que retorna aos tempos de Space Invaders com tecnologia moderna. O visual também me lembrou algumas fases do Cuphead.
Um verdadeiro deleite para quem gosta do tema invasão alienígena, e de passar horas atirando contra as naves no céu.
Eu nem queria largar o controle mais.
O Rei do Cangaço
Inspirado na figura histórica Lampião, o jogo apresenta o famoso pistoleiro como zumbi que, após ser morto durante uma emboscada, volta à sua terra natal para caçar os demônios e libertar espíritos renegados.
O game traz a tecnologia VR para o jogador confrontar hordas de zumbis e espíritos malignos usando tipos específicos de armas.
Um jogo de tiro no estilo arcade que exige do jogador habilidade e coordenação para mergulhar dentro do mundo da realidade virtual.
O tema apoiado em uma figura histórica inesquecível junto a uma tecnologia que vem revolucionando a indústria dos games, compõem um dos jogos mais interessantes da feira.
Dolmen
Dolmen é o jogo de maior destaque da rua Indie.
Com jogabilidade desafiadora, que relembra Dark Souls, o RPG de ação conta a história de um terráqueo que desperta no planeta Revion Prime, em meio ao maior massacre que já ocorreu na galáxia.
O protagonista então dá início a uma jornada de autodescoberta e desafios, onde ele enfrenta alienígenas asquerosos e deve coletar recursos.
A densidade da história, o visual e a atmosfera sci-fi junto ao gameplay fluído constroem um jogo tão sofisticado quanto os dos gigantes internacionais.
Gravity Heroes
Em um mundo distópico, a humanidade vive em conjunto com seres sintéticos (robôs). No passado, havia conflito entre os humanos e as máquinas, e os líderes de cada facção fizeram um tratado de paz.
A grande maioria de robôs e pessoas vivem em paz, mas ultimamente houve alguns casos em torno do mundo que revelaram um conflito entre as raças. Para investigar e resolver esses problemas, o grupo de heróis Gravity foram chamados.
O game acompanha esses personagens em batalhas contra os robôs em arenas 2D e com ritmo rápido. Eles controlam a gravidade e usam suas habilidades e armas para restaurar a paz no mundo.
Os gráficos em pixel art são muito legais e a joga bilidade segue o estilo de Tower Fall, que coloca vários personagens e inimigos em cenários estáticos no estilo arena.
Com a diferença que aqui estamos em um mundo futurista e cheio de peças robóticas.
Lenin The Lion
Este jogo chamou a atenção especialmente pela temática, arte e pelo personagem principal. Lenin é um leão albino que sobre de depressão. Como ele é o único da espécie, se sente muito inseguro e desencorajado, especialmente porque todos de sua aldeia o desprezam.
O pequeno leão, porém, passa a descobrir outras espécies de animais em sua aventura, o que o faz aprender e enfrentar inimigos externos e também internos.
Este jogo traz gráficos e jogabilidade no estilo de RPGs clássicos em 2D.
Ao explorar a aventura, o jogador se depara com batalhas laterais em turnos, resolve quebra-cabeças e faz escolhas que definem o jogo por meio de diversas mensagens ocultas.
A parte interessante fica para o foco na depressão, sendo que o game traz informações sobre a doença e como isso afeta a vida das pessoas.
Josh Journey
Bravos guerreiros lutam contra as forças do mal vindas de três mundos diferentes: dos Humanos, dos Sonhos e da Morte, neste game de aventura com gráficos animados.
A narrativa ocorre depois que a paz entre os mundos é destruída junto com o Amuleto, um símbolo que mantém o equilíbrio de tudo. “A Grande Deusa Mãe”, portanto, invoca os guerreiros para tentar reestruturar esta ordem.
Cada um dos personagens tem habilidades e poderes diferentes, e é possível jogar com até quatro jogadores ao mesmo tempo. Uma mistura de beat’n up clássico como Golden Axe com os mais recentes, como CastleCrushers.
Try Die Repeat
A morte é sua aliada neste pequeno e carismático jogo. Desenvolvido pela Mad Viking Studio, o jogo apresenta um humor sarcástico e jogabilidade de aventura misturado com quebra-cabeças.
Como parte de um experimento, você controla pequenos cobaias da maior empresa do mundo. À medida que passa por fases e obstáculos, seus personagens podem morrer. Mas não se desespere: quem morreu será muito útil para que o próximo possa progredir.
Um jogo bastante inteligente e interessante. Vale a pena conferir!
Dá para jogar ele, em sua versão mais antiga, pelo site oficial.