Pesquisadores da Universidade de Washington estão desenvolvendo lentes de contato biônicas que proporcionam uma visão digital.
A ideia é disponibilizar toda a internet em um piscar de olhos, onde o usuário terá as informações sobrepostas ao que normalmente veria caminhando na rua.
O dispositivo pode garantir um GPS que traça a rota em seus olhos, sem necessidade de desviar a atenção do trânsito, e receber informações instantâneas sobre pessoas e lugares.
Entretanto, essa tecnologia não é tão simples de ser concebida. Segundo Babak Perviz, diretor da pesquisa, o desafio é criar uma tela tão pequena quanto a nossa íris, e conectá-la via Wi-Fi com um computador que o usuário carregaria no bolso.
“É um dispositivo muito complicado de desenvolver, porque nós temos que incorporar um circuito de a alta performance nas lentes”, explica Babak.
Segundo o pesquisador, o sistema deve funcionar através de radiofrequência, portanto é necessário conseguir embutir pequenos rádios nas lentes para conectá-los com o dispositivo, assim como enviar e receber dados.
De maneira simplificada, o processo de construção consiste em ferver uma substância livre de chumbo em 205 ºF (aproximadamente 121 ºC). Em seguida, neste líquido é mergulhada uma pequena pastilha de polímero que possui um circuito gravado ao seu redor.
Uma vez reunidos, os componentes são revestidos em um polímero biocompatível no qual é organizado toda a estrutura de encaixe perfeito nas lentes de contato.
No teste realizado com protótipos, a equipe conseguiu enviar sinais de rádio para uma lente que contém um único pixel.
O próximo desafio é armazenar diversos pixels nas lentes. São necessários em torno de um milhão deles para criar as imagens desejadas por Babak.
Alguns avanços e testes em protótipo são necessários para as lentes serem finalmente lançadas no mercado.
Será que vamos ver essa tecnologia ser implementada no dia a dia das pessoas?
Mas e você, o que acha dessa ideia? Estaria disposto a fornecer seus dados de maneira tão invasiva a favor da tecnologia, ou estar tão exposto às informações frenéticas?