A Affinity, conhecida por anos como a principal concorrente independente da Adobe, acaba de ressurgir em uma nova fase e, surpreendentemente, totalmente gratuita. É como se fosse um “Photoshop grátis”. Agora sob o guarda-chuva do Canva, a antiga suíte profissional de design foi relançada como uma plataforma criativa completa e unificada, reunindo ferramentas de edição de imagem, ilustração e diagramação em um único aplicativo acessível para todos, sem cobrança de assinatura ou pagamento inicial.
O anúncio oficial foi feito nesta quinta-feira, marcando a fusão dos três softwares principais da Affinity, Designer, Photo e Publisher, em uma só aplicação, agora chamada simplesmente de Affinity. Essa mudança segue a aquisição da empresa britânica Serif, criadora da suíte, pelo Canva em 2024, e representa um passo ousado na estratégia da gigante australiana de ampliar seu domínio sobre o mercado de criação digital.
De acordo com o Canva, o novo Affinity faz parte do seu recém-anunciado “Sistema Operacional Criativo” e será “completamente gratuito, para sempre”. No entanto, alguns recursos avançados, especialmente os que utilizam inteligência artificial, ficarão disponíveis apenas para assinantes do plano Canva Pro. O modelo substitui as antigas licenças vitalícias da Affinity por uma estrutura freemium, mas garante que usuários que já haviam adquirido as versões anteriores ainda poderão continuar usando a versão 2 dos aplicativos originais.
O novo software reúne em um só ambiente fluxos de trabalho vetoriais, raster e de layout, compatíveis com formatos amplamente utilizados no mercado, como PSD, AI, PDF, SVG, TIFF e IDML. Além disso, a reformulação traz melhorias de colaboração, permitindo que equipes compartilhem projetos, criem espaços de trabalho conjuntos e alternem facilmente entre diferentes modos de design.
Mesmo integrada ao ecossistema pago do Canva, a Affinity mantém sua identidade como uma das ferramentas profissionais mais acessíveis do setor. A decisão de liberar o programa gratuitamente desafia diretamente o modelo tradicional de preços adotado por gigantes como a Adobe, sugerindo um novo rumo para o futuro das plataformas criativas, um em que a democratização do design e da produção visual pode, enfim, se tornar realidade.











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