Vamos converter de volta? Um PS5 no Brazil Brasil tem o preço de US$ 983. Malditos novecentos e oitenta e três dólares, cara!

Isso porque o PlayStation 4 Pro até agora tinha o mesmo preço que o PS5 lá fora. E, curiosamente, o console é vendido no Brasil por R$ 3.500 (US$ 688).

Ou seja, são R$ 1.500 a mais só por causa do fator ~INOVAÇÃO~.

E aí, beleza. Você compra um console desses, instala e vai jogar. Surpresa: não há um catálogo de jogos realmente interessante disponível.

No máximo, há ali dois ou três jogos que valem a pena. Você termina eles, e aí, o que sobra?

Tudo o que você tem são remakes, remasterizações, relançamentos dos mesmos jogos que já vimos há 10 anos.

Em suma, você tá pagando R$ 5.000 em um emulador que melhora as sombras, luzes e os quadros por segundo de um jogo da geração atual, ou anterior. Ou de uma década atrás.

Xbox One, PlayStation 4 e Nintendo Switch ainda tem muito a entregar. Aposto que você nem teve tempo de jogar tudo o que queria.

São centenas de títulos lançados ao longo dos anos que são humanamente impossíveis de terminarmos ou aproveitarmos tudo o que eles têm, se compararmos as horas de lazer que temos disponíveis na vida.

Games batalham com trabalho, com estudo, com livros, música, alimentação, necessidades básicas, relações, sono, e tudo mais que uma vida humana demanda.

E se contarmos quantos jogos realmente excelentes cada um desses consoles têm, você não vai ter aproveitado nem metade.

Vamos listar alguns simples motivos:

1 – Falta de grana pra comprar todos eles.

2 – Falta de tempo porque existem outras coisas pra fazer na vida.

3 – Existem opções ótimas em promoção ou grátis que ocupam grande parte do tempo.

4 – O entretenimento se estende para outras plataformas, como streaming de vídeo (filmes, séries, Youtube), livros ou qualquer coisa que você curta.

Convenhamos: o hype faz a gente querer, faz a gente ansiar.

Eu sei, eu me incluo nessa.

O capitalismo em seu ápice age no nosso ser, pessoas criadas para serem consumistas.

As empresas sabem agir em nosso psicológico.

Fazem a gente desejar aquilo com afinco. Fazem a gente pensar: “O que posso fazer pra juntar essa grana e torrar tudinho no console novo?”.

Só que o que a gente não pensa é o depois… E depois de compra-lo, curtir, e ver que não sobraram mais jogos, porque simplesmente não foram lançados? Ou porque, de fato, não há tantos títulos empolgantes anunciados?

Você vai ter que esperar um ano para ter um catálogo realmente interessante disponível. E nesse um ano, é o preço que o console cai drasticamente.

Dá pra pensar bem rápido do que conseguimos comprar com cinco mil reais. E não é pouca coisa.

Nem vou me dar o trabalho de citar.

E nem vou pensar muito em como essa grana é tão irreal para a vasta maioria da população mundial, de gente que labuta dia e noite pra faturar US$ 25 por mês.

Se não a gente entra em depressão, dá vontade de tacar fogo em alguma coisa e nunca mais joga videogame.

O fato é que videogame se transformou em um artigo de extremo luxo.

E se você compra no lançamento, você tá consumindo esse luxo de forma cega. Porque existem inúmeros benefícios de esperar.

Benefícios de hardware dos próprios consoles, do catálogo de jogos disponíveis, dos cobaias que vão “testar” as máquinas e lidar com os “paus” [Olá três luzes vermelhas!] e coisas do gênero.

Até o benefício máximo de… poupar sua graninha suada!

Então, o recado pra essa nova geração é:

“A gente se vê, talvez, no final de 2021. Quiçá 2022”.

Até mais ver. 

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