Em 2003, o cartunista britânico Ralph Steadman desenvolveu ilustrações de Fahrenheit 451 para uma edição comemorativa de 50 anos da obra de Bradbury. Apenas 451 cópias da edição foram publicadas, cada uma assinada pelos criadores.
Steadman debruçou seu estilo hachurado icônico sobre obras homônimas como Alice no País das Maravilhas, A Revolução dos Bichos e o célebre jornalismo gonzo de Hunter S. Thompson.
Bradbury e Steadman desenvolveram um trabalho mútuo, de onde nasce uma beleza única quando arte e literatura se complementam e um compreende o outro em sua essência.
No livro Proud too Be Weirrd, o cartunista revela que ilustrar a obra de Bradbury foi “um tema vitalmente importante – a queima de todos os livros”, porque“Não há nada tão perigoso quanto uma ideia. Particularmente uma cuja hora chegou…”
Fahrenheit 451 é uma obra inquietante e atemporal sobre como o pensamento crítico foi, e tentará ser, suprimido ao longo da história por manipulações de poder. O livro é um depósito de ideias poderosas do escritor sobre a vida que devem acender uma chama em cada leitor. Um testemunho de quem viu a mídia transformar nossas relações com as ideias, livros e uns aos outros.
“Encha seus olhos de admiração, viva como se você fosse morrer em 10 segundos. Veja o mundo. Isso é mais fantástico do que qualquer sonho feito ou pago em fábricas” – Fahrenheit 451, Ray Bradbury