Re-Legion é um game de estratégia em tempo real com temática cyberpunk. Você encarna a pele de um líder religioso obscuro, que ao invés de pregar para o misticismo, ocultismo ou deuses espalhafatosos, foca mais na tecnologia, evolução.
A história se passa em 2184, quando o mundo todo está forrado de robôs e peças cibernéticas. Isso significa que as pessoas foram trocadas por máquinas no trabalho, e a maioria das pessoas vive miseravelmente.
A gente joga com Elion, um homem carismático que resolveu criar um culto com o intuito de dar esperança para as pessoas e começar uma revolução. Sua missão, portanto, é converter seguidores para sua religião e detonar os infiéis e quem se opõe a suas ideias.
Funciona mais ou menos como uma mistura de Dawn of War 2 (da série Warhammer 40000) e Syndicate Wars. Você controla o personagem em uma perspectiva de cima e tem a missão de recrutar fiéis para a sua religião.
Isso faz com que seu exército aumente, e você possa desenvolver diferentes tipos de unidades para batalhar contra outros cultos ou contra corporações – quem domina o mundo do game.
No geral, Re-Legion tem uma atmosfera muito boa, e se passa em um mundo escuro e com grandes referências ao cyberpunk. Há detalhes em neon que tornam o game bem característico para quem curte a temática, e a história, apesar de nada magnífica, é interessante. Inclusive oferece algumas escolhas morais durante a narrativa.
A jogabilidade consiste em caminhar pela cidade para conseguir novos seguidores, conquistar construções para adquirir créditos e fé e melhorar suas habilidades, e basicamente defender ou atacar locais específicos.
Começa tranquilo, com um tutorial intuitivo, mas depois as batalhas começam a ficar mais complicadas e maiores. O que exige considerações estratégicas na hora de lutar contra os inimigos.
A ideia em si é legal, mas infelizmente o resultado do produto não é tão interessante. Especialmente para quem está acostumado com jogos de estratégia.
Algo parece “travado” neste game. Talvez sejam os gráficos, que seguem uma linha mais retrô de jogos antigos. Talvez a movimentação dos personagens, a jogabilidade pouco fluida ou a dublagem amadora das unidades.
Ou até mesmo alguns bugs que aparecem durante o jogo (congelamentos, unidades que travam) que dão uma desanimada.
Além disso, os personagens são confusos de controlar. Depois de converter as pessoas para seu culto, elas se movem de forma estranha e desordenada. Parecem um grupo de zumbis do Walking Dead, ou algo do gênero. Isso torna as coisas muito complicadas e até chatas durante batalhas e na hora de completar missões.
Basicamente, é um jogo com um grande potencial, que tem uma história e temática muito interessante, mas que na prática não funciona muito bem – no quesito diversão e jogabilidade.
Seus problemas atrapalham muito a jogatina, o que pode frustrar alguns jogadores um pouco impacientes.