Lee Jeffries publicou um ensaio fotográfico com retratos de moradores de rua os quais chamou a atenção de muita gente. Ele comenta que recebeu milhares de mensagens em sua caixa de e-mails. Algumas, questionando qual câmera ele usa, como consegue o fundo preto ou se ele pode contratar pessoas como aprendizes.
“As perguntas são variadas, mas todas giram em torno de um tema central… eles veem o sucesso aparente de minhas imagens e estão determinados a experimentar um pedaço disso para si próprios. Eu não os culpo. Eu estava exatamente os mesmos sete anos atrás”, explica o fotógrafo.
Jeffries diz que quando começou na fotografia estava deslumbrado e tinha estas mesmas perguntas para os fotógrafos os quais ele admirava. Ele simplesmente era apaixonado pela noção de “ser um fotógrafo” e por isso almejava o sucesso rápido.
Ao olhar para trás, percebeu que nada disso importava.
“Claro, capacidade técnica é muito fundamental para qualquer vocação, mas isso não significa nada sem paixão”, diz.
O fato é que não é possível ensinar a “vida” para outra pessoa. As coisas acontecem, e cada um tem experiências distintas e diferentes sobre tudo.
Jeffries diz que “amor aconteceu” para ele. Aquilo se tornou a motivação de tudo que ele fez. Ele sentiu um senso de compaixão e fé em relação aos menos afortunados. E sem saber, mergulhou neste mundo, se tornou umas das pessoas que ele fotografava.
“Então, agora, quando você vê uma imagem de Lee Jeffries, não é um documento da vida de uma pessoa sem-teto. É muito mais do que isso. É um testemunho metafísico da humanidade, de fé e espiritualidade. Nasce da conexão com outro ser humano.”
Todo mundo quer ser fotógrafo. Basta abrir o seu coração e você pode conseguir isso.
Os retratos de moradores de rua, por Lee Jeffries
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