Vestindo um traje protetor, capacete e luvas, curiosos agora poderão visitar a sala de controle do reator nº4 da Usina Nuclear de Chernobyl, localizado no coração do acidente nuclear de 1986 e onde a radiação é cerca de 40 mil vezes maior do que o normal.

O centro de controle é um dos lugares que estão fora dos limites considerados seguros na região, e foi contemplado como uma atração turística oficial após a decisão do presidente da Ucrânia, Vladimir Volodymyr, em junho deste ano.

A visita será guiada e, além de usarem trajes especiais, os turistas expostos à radiação devem realizar dois testes radiológicos após a experiência.

Chernobyl e Pripyat, a cidade vizinha condenada ao isolamento pelos próximos 3 mil anos, fazem parte da chamada zona de exclusão, uma região de 3.200 km² altamente radioativa, mas que tem sido visitada há muito tempo.

Após a exibição da série da HBO, que retrata o acidente nuclear sob uma perspectiva responsável baseada em documentos históricos e recria os acontecimentos e ambientações, o turismo em Chernobyl cresceu absurdamente.

De acordo com o diretor de visitas guiadas da SoloEast, Sergiy Ivanchuk, em maio deste ano, quando a série foi lançada, as reservas de visitas à zona de exclusão cresceram 30% comparado aos anos anteriores; as reservas para o verão aumentaram 40%.

“Muitas pessoas vêm aqui, fazem muitas perguntas sobre o programa de TV, sobre todos os eventos. As pessoas estão ficando mais e mais curiosas…. Durante toda a visita à zona de exclusão de Chernobyl, você fica exposto a aproximadamente dois microsieverts, que é a mesma quantidade de radiação que você recebe ao ficar em casa por 24 horas”, explica Viktoria Brozhko à Reuters.  

A indústria do entretenimento tem alimentado nossa curiosidade macabra sobre Chernobyl há tempos, e já não são suficientes as experiências com os filmes e jogos sobre o tema.

Mas quando lançados sobre a atual cultura de consumo incentivada pelas redes sociais e relações digitais, são um prato cheio para o mercado turístico.

Não é mera coincidência que a sala de controle, o palco do maior desastre nuclear da história, esteja aberto ao público. Só o tempo pode revelar os efeitos desse turismo macabro.

Se visitar Chernobyl não é uma opção para você, esta visita de 15 jornalistas à sala de controle de reatores deve bastar:

Leia também: Fotógrafo documenta como está Chernobyl nos últimos 25 anos | A vodka de Chernobyl feita na zona de exclusão

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5 anos atrás

不赖!真的不赖!

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