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Sam Altman diz que empresas totalmente controladas por IA estão “a poucos anos de distância”, até o cargo de CEO

O CEO da OpenAI, Sam Altman, acredita que não falta muito para vermos empresas inteiras sendo comandadas por inteligência artificial, inclusive o próprio cargo de CEO. Em participação no podcast Conversations with Tyler, gravado no mês passado e publicado nesta quarta-feira, Altman afirmou que o futuro corporativo automatizado está “a poucos anos de distância”. E se depender dele, a OpenAI será a primeira grande companhia a colocar uma IA no comando. “Vergonha minha se a OpenAI não for a primeira grande empresa dirigida por um CEO de IA”, disse.

Ao ser questionado sobre quando uma divisão importante da OpenAI poderia ser majoritariamente administrada por inteligência artificial, Altman não titubeou: “Em poucos anos, um número pequeno, de um dígito”. Quando o apresentador sugeriu que, em dois anos e meio, veremos empresas bilionárias tocadas por apenas duas ou três pessoas com ajuda de IAs, o executivo foi ainda mais ousado: “Acho que a IA pode fazer isso antes disso”.

Altman é conhecido por previsões grandiosas sobre o impacto da inteligência artificial. Ele já declarou que o mundo está prestes a alcançar a chamada AGI, a inteligência artificial geral, um sistema hipotético capaz de superar a mente humana em praticamente tudo. Em seu manifesto sobre o tema, o empresário pinta um cenário otimista, com prosperidade em massa e abundância para todos. Ao mesmo tempo, não hesita em prever desastres: diz que a IA pode destruir empregos, gerar crises econômicas e até colocar a humanidade em risco.

Comparado a essas visões apocalípticas e utópicas, dizer que CEOs serão substituídos por algoritmos parece até modesto. Para Altman, isso “claramente vai acontecer um dia”. Ele admite, no entanto, que o papel público de um CEO humano ainda é relevante, especialmente no caso da OpenAI, cuja imagem está diretamente ligada à sua figura carismática. Talvez, especula ele, o futuro seja híbrido: uma IA tomando as grandes decisões, enquanto o humano serve como rosto da empresa.

Na visão de Altman, o maior obstáculo para essa transição não é tecnológico, mas psicológico. As pessoas ainda relutam em confiar em máquinas mais do que em humanos, “mesmo quando não deveriam”. Segundo ele, a sociedade pode demorar a se acostumar com a ideia, mas “para a maior parte das decisões, a IA será muito boa muito em breve”.

E, convenhamos, não seria a primeira vez que CEOs humanos cometem erros catastróficos. Talvez deixar a inteligência artificial no comando não seja uma ideia tão absurda assim. Se Altman estiver certo, teremos a resposta em “poucos anos de um dígito”, ou seja, muito antes do que parece.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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