Todas as séries tem um episódio que é o patinho feio e estou impressionado que Star Trek: Strange New World não teve sequer um até agora. Ainda que o capítulo desta semana seja bem amargo, ele não deixa de brilhar por um instante sequer até em momentos de choque extremo contra as crenças dos nossos heróis. Nem tudo na galáxia é tão bem-intencionado e eles aprenderam isso da pior forma.
Um resgate de uma nave auxiliar coloca Pike novamente no caminho de Alora, uma paixão de seu passado. Porém, ela não está sozinha e leva consigo uma criança destinada a salvar todo o seu planeta de um absoluto caos. Com pessoas atrás deste jovem, cabe à Enterprise protege-lo a todo custo e criar uma brecha para que esta caça chegue ao fim.
É muito difícil falar mais do que isso sem entregar spoilers, porém farei um esforço para que consiga ler aqui sem ter assistido ao conteúdo. O importante é você não se enganar pelo ar leve e descontraído que este episódio apresenta durante o tempo de apresentação, já que o soco no estômago pode vir a qualquer momento. É como dizem, o pior que alguém pode obter é conquistar tudo aquilo que deseja.
O trabalho em equipe de Star Trek
O foco do sexto é em Pike e no relacionamento entre Na’An e Uhura. A cadete está passando um tempo com a chefe da segurança e aprendendo todas as difíceis diretrizes que tem de seguir dentro da nave. Isso gera situações bem divertidas em Star Trek: Strange New Worlds no geral e é uma parceria que gera excelentes resultados para a missão no geral. Ouso dizer que não esperava que ambas juntas fosse ter uma sinergia tão boa quanto vi em tela.
Por outro lado, o doutor M’Benga descobre que o planeta onde Alura vem pode oferecer uma cura para a condição de sua filha. Apesar deste problema poder ser resolvido rapidamente, uma falta de aliança com a Frota Estelar bota tudo em risco no seu caminho. É aí que entra o pai da “criança prometida”, um médico singular que comanda um laboratório onde tem a maior chance de salvá-la. Com uma tecnologia superior, eles se gabam de nenhuma doença existir em sua órbita.
Até mesmo Kirk aparece alguns poucos instantes, para fazer uma gracinha e desaparecer. Pelo visto não foi nesta semana que o veremos em ação. Apesar disto, correndo por fora, Spock executa um ótimo trabalho, tanto na atuação de Ethan Peck quanto na performance do próprio personagem durante o capítulo. Ainda que não recebe os holofotes desta vez, ele se torna o responsável por trazer Pike ao centro das resoluções centrais da trama.
Devo voltar a salientar o quanto o trabalho desta equipe é realmente o foco principal de Star Trek: Strange New Worlds. Há momento para todos participarem e agirem em conjunto, assim como partes descontraídas e outras que te deixarão até meio triste ao seu final. Apesar de termos a segunda opção neste último, ele não deixa a peteca cair nem por um instante e mantém a boa atuação e trabalho da equipe de produção. Você sente que tudo ali se encaixa e só se deixa seguir a viagem com eles.
A favorita
A mudança de ritmo também é um fator importantíssimo e que eu vi bem valorizado do primeiro capítulo até o transmitido nessa semana. Ainda que a equipe esteja extremamente sincronizada e todos tenham seu minuto da fama ali, vemos diversos climas diferentes: batalhas, desconfiança, excelentes descobertas, plot twists e tudo mais e sentimos o mesmo ar satisfatório em todos. Se você vê outras séries sabe o quanto isso é difícil e a Paramount+ merece os seus créditos por investir neste material.
Os efeitos visuais também estão muito bons, me fazendo crer que estou vendo algo de nível cinematográfico. Pode botar quadro a quadro ao lado da franquia de J.J. Abrams por exemplo e eu botaria minha mão no fogo que a série não perde em nada. Se bobear, até ultrapassa a qualidade do material, mas não é o ponto da discussão. Espero que mantenham assim até o season finale, gerando um verdadeiro passo além do que vimos em Discovery.
Sendo muito sincero com todos vocês, Star Trek: Strange New Worlds já é uma das minhas favoritas deste primeiro semestre. Quem nos acompanha aqui no Nerdizmo sabe que já falamos sobre Cavaleiro da Lua, Halo, O Livro de Boba Fett e até das recentes Obi-Wan Kenobi e a estreante dessa semana, Ms. Marvel. E por mais que minha hype esteja toda voltada para estas franquias, ST ganhou meu coração e é um dos materiais pelo qual passo a semana toda imaginando o que me trará.
Faltando apenas quatro episódios para encerrar a trama e com uma segunda temporada já garantida, isso me deixa bem feliz com o caminho que traçaram para a franquia. Particularmente falando, nem espero que ela me surpreenda mais do que faz atualmente, só desejo que finalize de uma forma boa e intrigante para me fazer cobrar a Paramount+ semanalmente pela agilização das gravações do novo ano. Afinal de contas, a Enterprise merece a nossa atenção.
Star Trek: Strange New Worlds está sendo exibido através da Paramount+, todas as sextas-feiras a partir das 5h. Veja mais em Críticas de Séries!
A melhor surpresa da franquia nos ultimos anos. Resgata o espirito original da serie com episodios , cada um a sua maneira, muito bem roteirizados. Humor, drama, açao e ate uma pegada identitaria, mas sutil, sem aquela lacraçao epalhafatosa e ridicula de discovery. MUITO BOA A SERIE, ao lado de Mandaloriano tem tudo para ser A SERIE da decada.