Uma nova temporada de Star Trek: Strange New Worlds iniciou, trazendo a promessa de tramas maiores para a tripulação da Enterprise e também uma união mais firme entre os seus personagens. Obviamente que nada disso é possível sem que entrem em uma boa confusão, já botando alguns deles ao seu limite logo de cara – nem aguardando um pouco mais para já deixar os fãs angustiados com determinadas circunstâncias que são inseridos.

Ou seja, nada de aguardar por um início fácil de digerir e que te deixe em uma posição confortável. Pode não ser o que muitos esperam, mas afinal de contas, como criar expectativas por algo que surpreende todo o seu público a cada capítulo? Neste início de arco, vemos muita ação, tensões sendo criadas e até relacionamentos sendo reforçados – por mais que outros fatores também influenciem bastante em sua fórmula.

Particularmente falando, eu gosto da ideia de subverter o que se é esperado. Star Trek: Strange New Worlds não se manteve no mesmo ritmo por toda a temporada anterior, mostrando um digno plano e abordagem distintos a cada episódio – evoluindo tanto a trama principal quanto as figuras que vivem dentro da tripulação, estas que estavam com todos os holofotes até o season finale. Agora, chegou a hora de avançarmos um pouco com o cenário geral também e isso não significa que algo foi quebrado – só postergado para outros momentos.

Mais ação neste início de temporada

Novos dilemas para Star Trek

Dito isso, o que podemos ver deste capítulo novo é um foco maior nas figuras de Spock, M’Benga e Chapel. Uma mensagem de Na’an movimenta toda a tripulação para o resgate dela em um planeta vigiado pelos Klingons – aqueles quais a Frota Estelar está cuidando ativamente para não voltarem a entrar em uma guerra onde ambos os lados sairiam perdendo. Com tanto em jogo e com Pike fora de cena momentaneamente, eles tomam a decisão de roubar a Enterprise para salvar sua amiga.

É exatamente como leu, pessoal, Spock comanda um grande roubo para entrar em um setor expressamente proibido dos limites Klingon e resgatar uma tripulante sem causar uma guerra. Se isso já não é o bastante para te fazer parar tudo e assistir ao novo episódio de Star Trek: Strange New Worlds, talvez a presença de Carol Kane como a personagem Pelia faça isso por você. A renomada atriz aparece de supetão e entrega bastante informações que tornam em uma das figuras mais curiosas deste universo.

Carol Kane já é introduzida com elementos novos para Star Trek

Ao descobrirem os reais planos pelos quais Na’an convocou o restante do grupo, todos trabalham em conjunto para saírem de uma situação que pode provocar exatamente o que mais temiam. No entanto, como isso impacta cada personagem que se torna um dos maiores atrativos. M’Benga passou por um ambiente de guerra no passado, o que deixa a situação ainda mais difícil para o médico – qual altera um pouco a sua percepção de “salvar vidas” para se proteger.

Já Chapel tem de lidar com um novo caminho que se abriu para ela, assim como os seus sentimentos em relação ao Spock – que continuam seguindo por um trajeto indeterminado nesta abordagem. E o meio-humano / meio-volcano está aprendendo a lidar com seu lado emocional, que foi aberto e descobriu que não há uma forma de “se fechar”. O resultado disso eu deixo para vocês descobrirem assistindo ao episódio, mas tenho de admitir que senti muito a falta deste conteúdo neste quase um ano sem Star Trek: Strange New Worlds.

M’Benga e Chapel precisam se salvar desta vez

Não mudem a fórmula

Ainda deste modo, já iniciando a temporada com os dois pés na porta, uma coisa não ficou de lado e eu acho impressionante como conseguem manter seu padrão: o humor bem-inserido e os momentos quais a tripulação se une em prol de uma causa. Há um momento com Spock na cadeira de Capitão que eu confesso ter quase chorado de rir, justamente por ser uma situação bastante inusitada para o personagem em seu início de carreira.

Mesmo eles já definindo logo de cara qual será o maior perigo que vão encarar neste novo arco, ainda espero que Star Trek: Strange New Worlds continue lidando com as coisas ao seu próprio jeito como pudemos acompanhar. Há uma grande linha que separa eles de Discovery, por exemplo, qual não quero que seja ultrapassada – como fã e como espectador.

Spock garante bons momentos quando aparece

Olhem bem, não odeio Discovery e ainda tenho esperanças de ver uma nova temporada desta – é que há um clima para cada uma, qual acredito que não pode ser misturado em prol da plataforma de streaming, executivos e diversos outros fatores. Mantenham a Enterprise do jeito que é e continuaremos consumindo um excelente material da franquia. Mudar as coisas, mesmo que seja um pouco, pode impactar de forma negativa – algo que temo, pelo que pude ver neste episódio 1.

Ainda com certas ressalvas, o capítulo empolga bastante e nos traz mais questões entre a tripulação que precisarão ser abordadas no decorrer desta temporada. Com a chegada de Pelia e um reforço na equipe com James T. Kirk – qual já foi confirmado, mas não faz parte desta trama ainda – acredito que ainda teremos um longo caminho pela frente. Só espero que as viagens continuem sendo tão boas quanto foram apresentadas no ano anterior.

Star Trek: Strange New Worlds está sendo exibido na Paramount+ todas as quintas-feiras. Veja mais em Críticas de Séries!

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