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Star Trek: Strange New Worlds – T2xE5 | Crítica

Com um novo episódio de Star Trek: Strange New Worlds, novas portas se abrem para expandir ainda mais a história dos personagens e, nesta semana, foi a vez de Spock e a enfermeira Chapel terem um desenvolvimento maior em seu romance mal-resolvido. Afinal de contas, esta história já estava passando do ponto de andar depois dos seus desdobramentos na temporada anterior.

E eu posso afirmar para vocês, caros leitores, que este é de longe um dos capítulos mais divertidos de toda esta temporada. Nele os dois personagens sofrem um grave acidente que deixa um dos principais tripulantes da nave em um estado crítico – calma, não é essa a parte engraçada. Para salvá-los, uma entidade alienígena aplica uma cura neles e acaba, acidentalmente, tirando a “metade Vulcano” dele.

Ou seja, temos uma história de um Spock 100% humano e tendo de enfrentar a família de sua noiva para seguir em frente com o seu casamento. O ritual exige que ele esteja em seu “pleno estado Vulcano” e é aí que a confusão começa. Além do mais, é uma ótima referência ver o personagem expressando suas emoções – mesmo que de forma descontrolada.

As emoções serão colocadas na mesa

Spock e Chapel em Star Trek

Apesar de todo o rodeio com o ritual Vulcano e toda a trama entre Spock e a noiva, não se enganem caros leitores – ele é extremamente focado no personagem e em sua relação com Chapel. Desde as esquivas no início do episódio de Star Trek: Strange New Worlds, até explicações maiores do incidente, tudo se diz em relação aos dois.

E é neste ponto que ele te cativa. O Spock está finalmente livre de seus inibidores sentimentais, pronto para dizer e sentir tudo o que ele tem direito. Isso se revela uma verdadeira tsunami de constrangimento e cenas hilárias, mas também revela tudo o que o personagem se priva em seu cotidiano.

Por outro lado, conhecemos um pouco das frustrações de Chapel e nas escolhas que deseja seguir para a sua vida. Com uma nova pesquisa surgindo em seu caminho, sua decisão entre estudar para a entrevista e salvar Spock do destino cruel de “ser 100% humano” guia toda a sua narrativa – mostrando que ela tem muito mais a oferecer do que é mostrado.

Uma disputa familiar em pleno ritual de noivado

Também vale o destaque para as participações especiais que rolam em Star Trek: Strange New Worlds. A presença de T’Pril – a sogra de Spock, interpretada pela atriz Ellora Patnaik e a própria mãe do personagem, Amanda – interpretada por Mia Kirshner brilham no capítulo. Seja pela ruindade de uma ou pela benevolência da outra, ambas roubam a cena quando aparecem.

Também é um capítulo que compensa ser assistido pela grande saia-justa que é ver o capitão Pike no meio de toda essa trama. Servindo como um alívio cômico em determinadas cenas, é muito bacana ver que os personagens – mesmo os principais – podem carregar tantas camadas e serem extremamente adaptativos dentro do cenário proposto.

As nuances entre Spock e Pike são muito boas

A fronteira final

Considerando um ritmo um pouco mais ágil que os episódios anteriores, seja pelo seu humor ou pelas cenas velozes que a direção administrou, ele é extremamente leve de ser assistido e sempre está puxando um gancho para as próximas sequências. Eu gostei bastante de como as situações foram resolvidas e não soou como uma forçada de barra, como às vezes temos de engolir pelo bem do roteiro.

Além disso, vale citar que Star Trek: Strange New Worlds carecia de um pouco de romance e cenas bonitas entre os personagens. Vimos um pouco disso sendo construído entre La’An e Kirk em outra realidade há pouco, mas cujo desenvolvimento não seguiu adiante. A tensão entre Spock e Chapel sempre era citada, restando ao meio da temporada determinar o rumo que eles tomarão a partir dela.

Os “Craques do Jogo”

E vamos de louvores para Ethan Peck e Jess Bush, que conseguem levar o espectador brilhantemente até o ponto almejado do enredo. Seja através do humor, das nuances de um romance que não é expressado devidamente e do próprio drama do amor não-correspondido, ambos entregaram tudo e mais um pouco e mostram que levam bastante potencial dentro da franquia.

Assim chegamos na metade da temporada, sem muitas reviravoltas, mas mantendo o mergulho justo dentro da vida e cotidiano da própria tripulação da Enterprise. Confesso que a temporada anterior acabou me cativando mais, ao menos neste início, porém estou ansioso para ver como a trama irá desenrolar a partir deste ponto e o que trará em termos de narrativa para todos os membros da equipe.

Star Trek: Strange New Worlds está sendo exibida todas as quintas-feiras na Paramount+. Veja mais em Críticas de Séries!

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