Como dar sentido existencialista para um objeto inanimado, e tão nocivo para a natureza? Ramin Brahni conseguiu construir um curta que narra a jornada de uma sacola plástica com filosofia, poesia e muita conscientização ambiental.
Plastic Bag é narrado por Werner Herzog, e segue o trajeto de uma sacola plástica desde que é usada pela primeira vez em um supermercado. Dando personalidade a este objeto, o filme segue sob sua perspectiva e compartilha a busca incansável pela sua existência, uma vez que é descartada.
Após chegar a um aterro sanitário, a sacola voa a esmo com a ajuda do vento e atravessa uma série de paisagens suburbanas, pós-industriais, campos… até chegar no mar.
Ela percorre lugares raramente vistos pelos olhos humanos, retratados com uma combinação de seriedade e poesia imbuída tanto pela narração de Herzog quanto pela música de Kjartan Sveinsson de Sigur Rós.
A cada local que ela chega, reflexões existenciais buscam um sentido para sua jornada, que nunca têm fim. Deixando claro como seu tempo de vida é longo (decomposição) e sua utilidade é imediata e passageira.
Plastic Bag foi lançado há uma década, mas ainda se faz pertinente e necessário para fazer o espectador pensar em algo já mecânico no dia a dia.
É realmente necessário usar uma sacola plástica se vou descarta-la poucos momentos depois – e levará uma jornada de 100 a 400 anos para se decompor?
Algo que supera a própria expectativa de vida na Terra, e usado a todo instante ao redor do mundo.
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