A publicação X-Men corrige um antigo erro, um dos maiores, relacionado a primeira ressurreição de Jean Grey. Na saga da Fênix Negra, ela sacrificou sua vida, as ressuscitou e mais tarde se reuniu com os X-Men originais como membro do X-Factor.

Embora o retorno de Jean fosse certamente inevitável, a Marvel não lidou exatamente bem com isso.

O problema veio de uma decisão editorial. A Marvel queria os cinco X-Men originais juntos novamente, incluindo a ressuscitada Jean – mas Ciclope se aposentou e começou uma família com uma mulher chamada Madelyne Pryor.

Chris Claremont, roteirista da série, tinha a ideia de que Madelyne fosse o “Felizes para Sempre” de Scott Summers, o Ciclope, mas isso se tornou impossível. Logo, foi revelando que Madelyne Pryor era um clone de Jean Grey criado pelo vilão Sr. Sinistro. Foi uma tentativa bizarra de justificar a decisão injustificável de Ciclope, permitindo que ele deixasse sua esposa e filho para se reunir com sua antiga paixão.

X-Men corrige um antigo erro em nova edição

Na edição Dark Web: X-Men #3, de Gerry Duggan, Rod Reis e Phil Noto, a Marvel finalmente resolveu enfrentar esses erros.

O X-Man Magik recentemente fez de Madelyne Pryor governante da Dimensão Infernal do Limbo. Infelizmente, Madelyne imediatamente lançou uma invasão a Nova York – uma que é apenas uma fachada para deixá-la roubar memórias da infância do filho de Jean Grey.

Isso inevitavelmente leva a um confronto entre Jean e Madelyne, mas chega a uma resolução surpreendente; Jean opta por se render, em vez de oferecer suas memórias a Madelyne.

É um momento bonito, no qual Jean insiste que Madelyne seja tratada como uma pessoa por direito próprio (praticamente pela primeira vez desde o final dos anos 1980).

Também parece uma referência direta nas decisões editoriais anteriores, como se os escritores da Marvel estivessem reconhecendo que Madelyne sempre mereceu mais.

Atualmente, quem lê a série normalmente se esquece que Madelyne Pryor não era originalmente uma vilã. Ela era a esposa do Ciclope, amiga dos X-Men, e até se tornou membro da equipe. Sua virada para o mal só veio quando ela se tornou um obstáculo para a nova direção da Marvel para a franquia.

Jean escolhe honrar esta parte esquecida da história de Madelyne, dando a ela a oportunidade de finalmente assumir o comando dos X-Men. E esse belo momento de redenção é realizado pela própria Jean Grey, unindo os fios da narrativa de uma forma verdadeiramente interessante e eficaz.

Décadas atrás, o editorial da Marvel basicamente decidiu que seu universo não era grande o suficiente para Jean Grey e Madelyne Pryor. Esse não é mais o caso; Madelyne é a rainha do Limbo e Jean Grey é a potência dos X-Men. Cada uma tem seu espaço, e isso representa a riqueza e diversidade dos quadrinhos dos X-Men!

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