Ela não está em fotos ao lado dos astronautas da Apollo 11. Tampouco estava na Sala de Controle durante a missão. Apesar de sua imagem não estar entre os heróis da viagem à Lua, o salto gigantesco para a humanidade apenas foi possível graças à Margaret Hamilton.
No Deserto de Mojave, 107.000 espelhos solares construíram um retrato da matemática por trás do projeto Apollo. Ela não só escreveu os projetos, como também criou conceitos de arquitetura, metodologia e modelagem.
Na verdade, o pouso da Apollo 11 quase não aconteceu devido a um problema no computador de navegação, que quase abortou a missão apenas 3 minutos antes da alunissagem. Foi o software de Hamilton que salvou a conquista histórica.
Os 50 anos da viagem espacial histórica foi marcada com muitas homenagens aos heróis da Apollo 11. E a imagem de Hamilton não poderia, mais uma vez, passar em branco.
A homenagem à cientista foi encabeçada pelo Google, que organizou um retrato de 3km², uma área maior que o Central Park de Nova York.
Em um tributo muito sagaz, ao invés de os painéis refletirem luz solar como normalmente fazem, eles apenas se tornam visíveis à noite, com o brilho da Lua.
Margaret Hamilton se formou em matemática em 1958 e trabalhava no MIT como desenvolvedora de software. Ela publicou mais de 130 artigos na área de ciência da computação, e foi inclusive quem cunhou o termo Engenharia de Software.
A cientista trabalhou em 60 projetos e 6 programas principais da NASA. Foi a única pessoa a receber um prêmio em dinheiro pela agência espacial americana.
Em 2016, foi premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo ex-presidente americano Barack Obama.
Hoje, aos 82 anos, Margaret Hamilton é CEO de sua própria empresa, Hamilton Technologies, que oferece produtos e serviços para modernizar o planejamento e engenharia de sistema e softwares.
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