“Carta de Deus”, manuscrito polêmico de Einstein sobre Deus que contesta a existência de uma entidade divina e a Bíblia foi arrematado por 3 milhões de dólares (em torno de R$8,1 milhões).

Leiloada pela casa Christie’s, em Nova York, a carta foi originalmente destinada ao filósofo Eric Gutkind em resposta ao livro Life: The Biblical Call to Revolt (“Escolha a Vida: O Chamado Bíblico para a Rebelião”).

Além de criador da teoria da relatividade e vencedor do Prêmio Nobel, Einstein, acima de tudo, gostava de escrever cartas. Estima-se que o físico tenha escrito dezenas de cartas durante a sua vida. 

“A palavra Deus é para mim nada mais do que a expressão e o produto das fraquezas humanas, a Bíblia é uma coleção de lendas honrosas, mas ainda primitivas que são, no entanto, bastante infantis”, escreve o físico judeu em um dos trechos do documento. 


Einstein também ressaltou que o judaísmo não é uma religião superior às outras, tampouco os judeus são o povo escolhido. 

“Para mim, a religião judaica é como todas as outras religiões, uma encarnação da superstição primitiva.”

“O povo judeu, ao qual eu pertenço com muito gosto, e em cuja mentalidade me sinto profundamente ancorado, até para mim não tem nenhum tipo de dignidade diferente de outros povos. Na minha experiência, eles não são de fato melhores do que outros grupos humanos.”


O valor arrecadado bateu o record que pertencia à uma mensagem do físico ao presidente Franklin Roosevelt, na qual alertava os perigos de construir bombas poderosas. O documento foi vendido por US$2,1 milhões, em 2002.

“Carta de Deus” | Foto: Reuters

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