Famosa pelo seu estilo experimental e por levar a música a outro nível de compreensão, composição e arranjo, a cantora islandesa Björk se uniu à Microsoft para criar um conceito de ‘músicas vivas’ que mudam de acordo com o clima.
Intitulado Kórsafn, o projeto consiste em recombinar trechos de arranjos escritos por Björk ao longo de 17 anos. Alimentados por uma IA que aprende constantemente as mudanças meteorológicas e objetos no céu para gerar músicas segundo as condições climáticas. Daí o nome “kór” = coral, e “safn” = arquivos.
As imagens ao vivo de uma câmera instala no telhado do hotel Sister City da Microsoft, em Nova York, são processadas pela IA que dá origem a arranjos que se adaptam ao nascer do sol, pôr do sol, nuvens, chuva e até ao movimento dos pássaros.
“Ela não encontra apenas nuvens, mas denota a densidade e o tipo de nuvem, seja cumulus ou numbus”, explica a Microsoft. “E não encontrará apenas um pássaro, mas também distinguirá um bando inteiro de pássaros no céu”.
Ou seja, é como se você pudesse, praticamente, ouvir o céu.
“Uma estrutura arquitetônica no centro de Manhattan me ofereceu a mão em um tango de inteligência artificial e eu atendi ao chamado, estou alerta e com curiosidade aguardando os resultados. Ofereci a eles meus arquivos do coral, escritos ao longo de 17 anos que vão flutuar no pinball da inteligência artificial pela grade de migrações de pássaros, nuvens, aviões e aquela coisa voluptuosa chamada barômetro! Hudson Valley é um dos deltas mais frequentados por aves do planeta, eu sei disso por experiência própria… Espero que você goste! Carinhosamente, Björk”, diz a artista.
As músicas são reproduzidas dentro do Sister City. Mas também são transmitidas no site do hotel, onde você também pode acompanhar o horizonte de Nova York em tempo real.
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