Neste mês de janeiro a Marvel Studios disponibilizou todos os episódios de Eco simultaneamente na plataforma de streaming Disney+, trazendo uma série até que curta, mas repleta de significado e ação.
Nele vemos o retorno de Alaqua Cox, agora como a protagonista da produção. Ela fez sua estreia em Gavião Arqueiro e retorna para derrubar de uma vez por todas o império do Rei do Crime. O vilão, que ela acredita estar morto, no entanto tem outros planos para o seu caminho e para o dela.
O Eco vem em um golpe só
A série Eco é bem intimista e não fica se conectando demais aos outros eventos do MCU ou preocupada em fazer referências. Tirando os eventos vistos em Gavião Arqueiro, mais nada é necessário para entender o que acontece em sua trama. Nem mesmo a aparição do Demolidor tira o seu brilho, o que foi um ponto bem positivo para o crescimento da personagem.
Outro aspecto que é muito bem-desenvolvido é a relação da protagonista com a cidade e sua família. Ainda que cinco episódios seja pouquíssimo para vermos mais destes personagens e seu relacionamento, o que mostrou satisfaz e traz muito conteúdo para o público. Vale destacar aqui também a atuação de Tantoo Cardinal, que vive a avó da personagem, Chula.
No entanto, um dos aspectos que mais me impressionou em Eco foi a herança indígena da anti-heroína. Cada episódio mostra uma ancestral dela e o que foi herdado através das gerações, movendo-se como um espiral diretamente para as mãos de Maya Lopez.
Eles não fornecem muitas informações sobre o seu povo e suas habilidades e, para ser honesto, nem se faz necessário. Vamos ser honestos, já estamos há tempo suficiente vendo as obras do MCU para se preocupar com este tipo de definição.
Multiverso, mutação, testes científicos, divindades e todos os demais elementos já foram vistos e revistos…então isso importa tanto? Na verdade não, já que Eco não faz tanta questão de se conectar ao “pacote completo” da Marvel Studios. Ela existe, tem poderes que foram herdados pelos laços sanguíneos e está tudo bem.
Derrapando na curva
Ainda que a série seja excelente, ela ainda tem alguns pontos fora da curva que merecem ser comentados. Um deles é a excessiva sequência de flashbacks que mostra os eventos de Gavião Arqueiro. No primeiro episódio isso foi bem longo e cansou, principalmente por já ter assistido a obra há pouco tempo.
Como disse acima, as explicações não existem e isto pode incomodar uma parcela do público – mesmo que isso não faça muita diferença dentro desta história. Fora estes detalhes, Eco conta uma história de forma impecável e que tem um início/meio/fim. Pois é, os “fins” da Marvel Studios costumam ser abertos, mas ao menos eles fecham um ciclo sem depender de grandes arcos.
Nem preciso falar sobre a participação de Vincent D’Onofrio como Rei do Crime, que já era um evento a parte em Demolidor e repete a maestria nesta produção. Ainda que estejamos prestes a ver um grande cenário urbano tomando forma no MCU, com ele em seu centro, também temos um ciclo para o próprio vilão na trama.
Sendo bem honesto, eu acredito que o caminho da Mavel Studios seria muito mais simples se eles focassem em mais produções do gênero. Eco não se estende tanto, traz uma história boa, cenas de luta que são muito boas e personagens cativantes para entregar uma das histórias mais sólidas deste universo compartilhado. São cinco capítulos, o que facilita também o público a maratonar.
Recomendo bastante, principalmente pela extensa viagem que o MCU está fazendo em torno do Multiverso e estarmos observando um certo desgaste deste arco – que até o momento, segue incerto e em uma direção confusa. Ter personagens mais centrados e uma jornada mais pés-no-chão é o que muitos precisavam para se preparem para outras obras como Daredevil: Born Again.
Todos os episódios de Eco já estão disponíveis na Disney+. Veja mais em Críticas de Séries!
Série podre!!! Lacração, como tudo q a dysney/Marvel está fazendo
Nerd virjoja revoltado detected acima, cuidado! Série muito legal, é a Marvel voltando aos trilhos pouco a pouco.